O baterista faleceu neste domingo 6 de outubro
Ginger Baker era um paradoxo: um baterista de rock e amante do jazz, além de um londrino que assumiu completamente os estilos da bateria africana. É por isso que, caso só um lado dele seja conhecido pelo público, não é o suficiente para a compreensão da grandiosidade do trabalho do baterista.
Em 1966, Baker se uniu aEric Clapton e Jack Bruce para dar início ao power trio Cream. Dali em diante, o baterista aventurou-se para além do rock, com o jazz, a música africana, o rock progressivo e a psicodelia.
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O currículo do músico nos últimos 50 anos apresenta uma variedade impressionante de artistas e gêneros musicais, não só o afrobeat de Fela Kuti e o vocalista do Sex Pistols, John Lydon, mas o guitarrista de vanguarda Sonny Sharrock e o trompetista de jazz Ron Miles.
Assim, destacamos 6 músicas, escolhidas pela Rolling Stone Estados Unidos, que provam como Ginger Baker, morto aos 80 anos neste domingo, 6, fará falta - e muita.
Veja a lista:
Um dos maiores sucessos do trio power Cream, conta com uma bateria de Baker com um pulso mínimo e descontraído nos timbres.
Na segunda banda de Baker e Clapton, Blind Faith, a dupla se apresentou disposta à experimentação. O baterista molda "Do What You Like", por exemplo, com um pulso de pratos de jazz combinado a um solo de funk.
Depois de Cream e Blind Faith, Baker aprofundou-se na mistura singular de influências e o primeiro disco do grupo é um conjunto que experimenta a mistura da música africana, funk estridente e rock psicodélico. "Aiko Biaye" é uma fatia brilhante do que ele apresenta no trabalho.
Após Ginger Baker’s Air Force, o músico se uniu aos irmãos Adrian e Paul Gurvitz para formar o Baker Gurvitz Army. Se você deseja ouvir como seria o som de Ginger Baker tocando rock progressivo, os dois primeiros disco do grupo são essenciais. "Love Is" é um instrumental da estreia homônima da banda que resume a mistura de ousadia e teatralidade e as combina com o groove escorregadio do baterista.
Public Image Ltd de John Lydon contou com Ginger Baker em Album, quinto disco de estúdio da banda. O desempenho imperturbável de Baker complementa perfeitamente o som envolvente e artístico de "Ease".
Baker orgulhosamente gritou as influências do jazz ao longo da vida dele, mas já estava na casa dos cinquenta anos quando lançou um disco do estilo musical e assinado com o próprio nome. Ele escolheu os colaboradores perfeitos: o guitarrista Bill Frisell e o baixista Charlie Haden, dois improvisadores que compartilharam o mesmo amor do baterista pelo gênero.
"Rambler", escrito por Frisell, é alimentado pelo barulho sem pressa de Baker e captura uma estética única entre gêneros, nem rock, nem jazz, mas uma forte compreensão de cada um.