Nova série do cineasta trará criaturas do folclore e lendas conhecidas dos EUA
Yolanda Reis | @_ysreis Publicado em 13/12/2020, às 13h00
Ryan Murphy lançou, em novembro de 2020, o primeiro poster de American Horror Stories, uma série spin-off da conhecida American Horror Story. Apesar dos nomes parecidos e mesmos atores, as séries têm premissas e histórias bem diferentes.
A começar pela trama. American Horror Story apresenta, a cada temporada, uma história em vários episódios. American Horror Stories, por sua vez, terá 16 histórias por temporada - uma em cada episódio, à Black Mirror.
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Ryan Murphy, como inspiração, foi atrás de histórias de terror: "mitos, lendas e folclore." Embora não haja muitos mais detalhes (além desse e de que a série chega em 2021), esperamos muito que o criador tenha rodado o mundo atrás de histórias - e tenha olhado para o Brasil.
Do nosso folclore às lendas urbanas, o Brasil tem um quinquilhão de histórias de terror que seria divertidíssimo e assustador ver nas telonas de Ryan Murphy. Separamos algumas:
Provavelmente a lenda mais popular dos corredores escolares. Embora varia um pouco, a história costuma ter alguns pontos em comum: uma menina loira estava no banheiro da escola (às vezes, matando aula - outras, se escondendo do bullying), e acabou morrendo (provavelmente, escorregou e bateu a cabeça). Desde então, e de alguma maneira, ela assombra todos os banheiros de escola do país. Existem até alguns rituais para invocá-la.
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Tem algo de muito sinistro no folclore brasileiro. A começar por uma das criaturas que menos gostaríamos de ver na nossa frente: Boitatá! Ele é uma cobra gigante, toda feita de fogo (mas que também vive nas águas). Queima aqueles que promovem queimadas em florestas ou poluem os rios.
Essa ultrapassa um pouco o Brasil e chega a vários outros países - a origem também não é daqui, e sim de Porto Rico. Durante os anos 1990, várias pessoas de lá relataram terem visto uma criatura humanesca, mas com espinhos nas costas. Esse monstrengo, suporam, matavam gado para beber o sangue deles - a crença era alimentada por animais que foram encontrados mortos e "secos". Algumas pessoas afirmaram até mesmo encontrarem corpos de chupa-cabras.
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Nasceu o diabo em São Paulo! Em 1975, o Diário Popular, jornaleco sensacionalista, anunciou a capa de sucesso. Como explica a Superinteressante, a reportagem relatava como "o bebê tinha 'aparência sobrenatural, com todas as características do diabo, em carne e osso', e já nasceu falando, ameaçando a própria mãe de morte. A criança possuía o corpo cheio de pêlos, dois chifres pontiagudos, um rabo de aproximadamente 5 cm e o olhar feroz, 'que causa medo e arrepios'”.
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O jornal fez muitas edições sobre esse bebê Diabo - inclusive uma em que dizia que ele escapou e foi visto correndo pelos telhados das casas paulistas - mas, claro, nunca houve nenhuma confirmação de filho de Rosemary nenhum por aí.
Essa é bem simples: é um homem que viaja com um saco nas costas e pega todas as criancinhas desobedientes, que saem por aí sem rumo fugindo dos pais. Popular em várias partes do mundo, mas baseado em fatos reais: Francisco Leona Romero, em 1910, sequestrou Bernardo González Parra dentro de um saco para poder usar o sangue dele. Sinistro.
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É descrito como um demônio com corpo de menino, coberto de verrugas ou pústulas. Ele tem cabelos vermelhos, é bem forte, e a principal característica são os pés virados para trás. As pegadas, invertidas, confundem os caçadores e desmatadores - pois ele mora na floresta, e é um guardião do local. Embora não fale, somente grita, o Curupira consegue imitar a voz humana, e finge pedir socorro para as pessoas da floresta - que, pelos pés ao contrário, não percebem que estão indo para o lado errado. Então, o demônio os mata.
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A criatura é vítima de punição. Diz-se que vira Mula sem Cabeça a mulher que dorme com um padre. A punição divina é que, nas noites de quinta feira, vira um burrico sem cabeça - no lugar dela, um fogaréu. Tem ferraduras gigantescas, e faz muito barulho enquanto cavalga. A maldição pode ser quebrada se alguém tirar seu arreio, ou ferir a ponto de tirar sangue. Também é possível ouví-la chorar por aí.
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