Rob Sheffield reflete sobre o fanatismo acerca do líder dos Rolling Stones
Nesta quinta, 26, Mick Jagger completa 75 anos. Apesar de uma vida inteira sob o olhar do público e dos fãs, o vocalista e compositor consegue se manter como o ícone do rock mais visível e, ao mesmo tempo, também como o mais misterioso e imprevisível.
Enquanto é fácil perceber o que há de legal em Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts, Jagger se impõe como o integrante mais elusivo dos Rolling Stones, se orgulhando de cada um dos segredos que mantém para si mesmo. E esse é claramente um dos vários motivos para tanta gente amá-lo.
Outro desses tantos motivos está nas letras geniais que o vocalista escreve. Esbanjando criatividade e versatilidade, ele compõe músicas de partir o coração, entre elas “No Expectations”, “Child of the Moon” e “Miss You”, além de faixas genuinamente engraçadas como “Shattered”, “Who’s Driving Your Plane” e “Dead Flowers”, e ainda as assustadoras “Sway”, “Play With Fire” e “Memo From Turner”.
Jagger passou por tantas fases, e deixou para trás tantas facetas (com a facilidade e simplicidade de quem limpa merda da sola dos sapatos), que essas mudanças são o que o tornam tão ágil e flexível (literal e figurativamente), enquanto outras lendas da música ficam ultrapassadas.
Junte tudo isso a uma invejável energia — assisti-lo girar, pular e se contorcer no palco nos faz considerar que talvez Lúcifer tenha sido o instrutor de pilates dele — a um ótimo senso de humor sempre disposto a fazer os fãs darem risada, e temos Mick Jagger.