O músico tocará em São Paulo neste domingo, 5, em apresentação única
O guitarrista Ace Frehley se apresentará em São Paulo neste domingo, 5, no Tom Brasil. Apesar de ele mesmo não se lembrar de muito detalhes da outra vinda ao Brasil – na época em que ele, como o eterno Starman, estava junto ao Kiss (mais especificamente em 1999, durante a turnê Psycho Circus –, Frehley garante que esta nova passagem pelo Brasil, a primeira vez solo, será memorável para os fãs. “Sinto como se esta fosse e a primeira vez”, diz o músico. “Este será um show diferente daqueles que eu venho fazendo nos Estados Unidos. Ele terá um outro setlist e várias surpresas. Vou trazer minhas guitarras cheias de efeitos.”
Aos 65 anos, o músico de Nova Yorka reforça que se encontra em uma boa fase pessoal e profissional. Na autobiografia No Regrets (2011), ele falou abertamente sobre os excessos que pautaram sua vida, mas está sóbrio faz tempo. Um dos motivos de ele estar novamente dedicado à música é o inesperado sucesso do álbum Spacer Invader (2014), que serviu para colocar o nome dele novamente em evidência. O disco alcançou a nona posição da parada norte-americana, um feito admirável. “Essa minha banda atual me impulsiona a tocar mais e melhor”, ele proclama. Os músicos em questão, incluindo Richie Scarlet (guitarra), Chris Wyse (baixo) e Scotty Coogan (bateria e vocais), estão com ele desde 2009.
No ano passado, Frehley lançou Origins Vol.1, um projeto interessante em que ele regravou clássicos do Cream, Thin Lizzy, The Jimi Hendrix Experience, The Troggs, Free e outros ícones dos anos 1960 e 1970. “Este eu fiz a pedido da gravadora”, ele fala. “Mas foi legal. Pude reviver os tempos em que eu era adolescente e curtia essas bandas. Elas foram minhas principais influências”, conta. Mas além de gostar do resultado final, Frehley admite que o processo de gravação também foi bem prazeroso, já que teve a participação de vários amigos ilustres, dentre eles Lita Ford (ex-The Runaways), Slash (Guns N’ Roses), Mike McCready (Pearl Jam) e até o ex-colega de Kiss Paul Stanley. “Foi uma farra”, fala. No álbum, ele também regravou três clássicos do Kiss, “Cold Gin”, “Parasite” e “Rock And Roll Hell”, e diz que nestas novas gravações finalmente teve a liberdade de registrar as guitarras do jeito que queria.
Por muitos anos, houve uma enorme pressão por parte dos fãs para que o Kiss fizesse parte do Hall da Fama do Rock and Roll. A banda finalmente foi aceita e a cerimônia de indução aconteceu no dia 10 de abril de 2014, em Nova York. O quarteto clássico formado por Frehley, Gene Simmons, Paul Stanley e o baterista Peter Criss estiveram juntos para receber a honraria e, apesar das diferenças que existem entre eles, a reunião foi pacífica. Mas o guitarrista lamenta que a formação clássica da banda não tenha tocado na ocasião.
“Gene e Paul decidiram que não queriam tocar com a gente. Foi uma pena que a formação original não tenha se apresentado. Esta seria uma chance para os fãs de ontem e hoje ver a formação clássica do Kiss em ação.” Mas apesar desta frustração, ele diz que a noite foi memorável. “Foi uma grande oportunidade para rever amigos, falar com a imprensa e muito mais. Me diverti bastante.”