NOTÍCIA

Advogados de Diddy pedem que acusações de agressão sexual fiquem fora do julgamento por tráfico sexual

Defesa afirma que casos anteriores são 'décadas de sujeira' e não fazem parte do processo criminal atual

Aline Carlin Cordaro (@linecarlin)

Publicado em 08/04/2025, às 14h35
Sean Combs (Foto: GettyImages)
Sean Combs (Foto: GettyImages)

Os advogados de Sean “Diddy” Combs solicitaram à Justiça que as acusações de agressão sexual feitas em dezenas de processos civis não sejam incluídas como evidência no julgamento criminal federal que o músico enfrentará a partir de 5 de maio, em Nova York. A petição foi protocolada nesta segunda-feira (7), no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.

Diddy responde a acusações formais de conspiração para associação criminosa, tráfico sexual e transporte para fins de prostituição. Ele se declarou inocente e está detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde setembro de 2024, quando agentes federais realizaram buscas em suas propriedades.

Segundo os advogados, permitir que o júri ouça relatos de supostas agressões sexuais anteriores, não formalmente incluídas na acusação criminal, representaria uma interferência indevida no caso.

“O governo não deve ser autorizado a poluir o julgamento com décadas de sujeira”, afirma o documento. “Não é razoável apresentar Diddy como um sujeito mau que provavelmente cometeu os crimes.”

A defesa argumenta que a introdução dessas alegações poderia causar confusão ao júri, distorcer os fatos principais do processo e comprometer o direito a um julgamento justo.

“Seria a evidência mais injustamente prejudicial possível”, alegam os advogados.

Cassie deve testemunhar no julgamento

Segundo documentos obtidos pela PEOPLE, uma das testemunhas principais será Casandra “Cassie” Ventura, ex-parceira de Diddy, que afirmou estar disposta a depor usando seu nome verdadeiro. Outras três vítimas devem testemunhar de forma anônima, conforme pedido da promotoria.

Diddy também foi alvo de novas acusações federais de tráfico sexual na semana passada. De acordo com a denúncia, ele e associados usavam promessas de relacionamentos afetivos para atrair vítimas, que depois seriam coagidas a participar de eventos sexuais privados, chamados de “freak offs”, com alegações de uso de violência e ameaças.

Até o momento, Diddy nega todas as acusações feitas contra ele — tanto civis quanto criminais.