Steven Tyler conseguiu seduzir a plateia do início ao fim no encerramento do festival
Com mais de quatro décadas de carreira e hits a perder de vista, o Aerosmith dificilmente consegue errar. Não foi diferente no encerramento do Monsters of Rock, na noite deste domingo, 20, na Arenha Anhembi, em São Paulo. Diante de 30 mil pessoas (lotação máxima), o grupo não se acanhou de calcar seu show da turnê Global Warming basicamente em hits mais antigos – e que já tinham dado as caras nos outros shows que a banda fez na cidade nos últimos cinco anos. A estratégia é um acerto do grupo de Boston, especialmente para um público de festival, onde, mesmo que você seja o headliner, parte da plateia está lá para ver outras atrações.
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Se há um número grande de hits na carreira do Aerosmith, há também números grandes de problemas de saúde dos integrantes e brigas internas permeando essa trajetória. Apesar da ausência do baixista Tom Hamilton, que ficou doente, essas questões todas parecem ter ficado no passado mesmo e em nada atrapalharam na realização de um grande espetáculo.
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Foram mais de duas horas de show, que começou atrasado. Com isso, já passava da 1h desta segunda, 21, quando a performance chegou ao fim. Foi impressionante notar a perseverança de quem passou o dia todo debaixo do sol e não quis largar o Aerosmith para trás pelo menos até o fim de “Dream On”, a primeira faixa do bis (encerrado com uma versão longa de “Sweet Emotion”). Talvez a inspiração tenha vindo da própria energia do frontman Steven Tyler. Fala-se muito da vitalidade de rockstars no palco, especialmente daqueles que já judiaram muito do próprio corpo. Mas com o Aerosmith, é realmente impressionante. Tyler não só cantou notas altas ao longo de toda noite, como ainda dançou muito, beijou uma fã que subiu ao palco, deu um baile nos cinegrafistas e uma canseira no pedestal do microfone, sua parceira inseparável de coreografias. Nos intervalos, ainda fez gestos e insinuações sexuais e afagou o público com todo tipo de truque de sedução presente na cartilha dos roqueiros (“sentiram tanta falta da gente quanto sentimos de vocês?”, por exemplo, ou recebendo um sutiã de uma fã).
No invejável setlist cheio de hits próprios ainda houve espaço para covers bem escolhidas, como o trecho de “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin, e a íntegra de “Come Together”, dos Beatles. Mas a comoção maior veio mesmo dos sucessos “I Don’t Wanna Miss a Thing”, “Dude (Looks Like a Lady), “Pink”, “Love in na Elevator”, “Cryin´” e “Jaded”.
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