Depois de enfrentar a Justiça por cancelar um show em 2007, Steven e Cia. irão arcar com mais de R$ 7 milhões em ingressos e despesas adicionais
Há dois anos, o Aerosmith deixou os fãs da ilha de Maui, no Havaí, na mão, após cancelarem um show. Irados, os pagantes entraram com um processo - a acusação dava conta que a banda norte-americana teria cancelado a apresentação por causa de dois concertos mais lucrativos: um em Chicago e outro para empresários do setor automobilístico em Oahu, também no Havaí.
Para serenar os ânimos, o grupo concordou em tocar de graça no local, informou o site do canal britânico BBC. Além disso, todas as despesas adicionais, como custo de viagens, serão reembolsadas. A data ainda não foi confirmada, mas o mais provável é que o show se integre à turnê norte-americana do grupo - o pontapé inicial será no dia 10 de junho, em St. Louis, no Missouri.
"A banda é sobre música", disse o advogado do Aerosmith, Jay Handlin, pontuando a satisfação dos integrantes do grupo com o acordo. "Então eles estão felizes em resolver isso de uma forma que realmente foque em conectar - e reconectar - as pessoas do Havaí com a banda e sua música."
O gesto vai doer no bolso do Aerosmith - o processo original calculou prejuízos em torno de U$ 500 mil (R$ 1,1 mi) com ingressos e US$ 3 mi (R$ 6,7 mi) em despesas extras.
No começo do mês, o guitarrista Joe Perry anunciou que a banda não terá condições de entregar o novo álbum este ano. No rol de culpados: o compromisso com turnês e problemas de saúde (em janeiro, Perry passou por uma cirurgia no joelho; mês passado foi a vez de Tyler ser derrubado por uma pneumonia).
Em janeiro, o baterista Joey Kramer havia prometido que eles em breve voltariam ao estúdio. O disco será o primeiro só de inéditas desde que Just Push Play foi lançado, em 2001.
Uma vez findo o braço norte-americano da turnê, o Aerosmith tem planos de levar os shows para a América do Sul, além de Europa e Japão.