Entenda como a estratégia será usada na carreira dos grupos de k-pop da Big Hit Entertainment
A Big Hit Entertainment anunciou que investirá em Inteligência Artificial em uma parceria com a Supertone, empresa com sede na Coreia do Sul. A agência do BTS pagou aproximadamente US$ 3,6 milhões para fechar a colaboração para o projeto.
De acordo com o Music Business Worldwide, via Popline, a Supertone foi fundada em 2020 e pode criar “uma voz hiper-realista e expressiva que [não é] distinguível de humanos reais”. Desse modo, a Big Hit Entertainment conseguirá recriar as vozes “hiper-realistas e expressivas” para os agenciados.
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No próprio caso dos integrantes do BTS, a agência pode gravar os vocais de cada um dos sete meninos, sem precisar da presença de todo o grupo para isso. A ferramenta pode ser utilizada para anúncios, videogames, etc.
No mês passado, o mundo passou a olhar o trabalho da Supertone a partir de um projeto da empresa que usou a tecnologia Singing Voice Synthesis (SVS) para trazer à vida a voz do grande artista do folk sul-coreano Kim Kwang-seok.
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Choi Hee-doo, diretor de operações da Supertone, em entrevista à CNN, disse: "Por exemplo, o BTS está muito ocupado atualmente, e seria uma pena se eles não pudessem participar do conteúdo por falta de tempo. Portanto, se o BTS usar nossa tecnologia ao fazer jogos ou audiolivros, ou dublar uma animação, por exemplo, eles não teriam necessariamente que gravar pessoalmente."
A Music Business World lembra que anteriormente, a Big Hit falou sobre como o “envolvimento indireto de artistas” é a peça central para o bom desempenho para a quarentena devido à pandemia de coronavírus. Isto é, lucrar sem precisar necessariamente da presença do artista.
Como lembra o Popline, há questões éticas acerca da Inteligência Artificial na hora de recriar as vozes de artistas - vivos ou não. No entanto, a Supertone garante no site oficial que estão "profundamente preocupados com os problemas que podem surgir quando essa tecnologia é usada para fins errados" e alega que "nunca irá monetizar qualquer voz sintética sem a permissão do titular do direito".
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