"Desgaste criativo" durante ensaios para o disco In Rainbows fez com que empresário sugerisse a separação da banda
Se dependesse do agente Brian Message, o Radiohead não estaria mais na ativa. Message não achou que os ingleses segurariam o tranco e aconselhou a banda a se separar. Isso ocorreu durante as gravações do sétimo e mais recente álbum, In Rainbows, de 2007.
A confissão aconteceu no Music Managers Forum, em Dublin, capital irlandesa, e foi reproduzida no jornal britânico The Guardian. "O Radiohead é algo que só acontece uma vez a cada geração", disse. "Mas você precisa ser honesto quando a coisa não está funcionando. É preciso ter paixão pelo seu trabalho", afirmou. Dois anos antes de lançar o álbum - que revolucionaria o mercado, com o modelo pague-o-que-quiser de distribuição online -, imersa no processo criativo, a banda estava cansada e, segundo Message, não conseguia acertar um som adequado para as novas canções.
O agente também revelou que o marketing inovador, que permitiu a cada consumidor decidir o quanto pagar - ou não pagar nada - pelas 10 faixas de In Rainbows, partiu de sua empresa, a Courtyard Management, responsável também pelos artistas Supergrass, Faithless e Kate Nash. "Dois parceiros meus da companhia surgiram com essa ideia de pagar o que bem entender", afirmou. Segundo Message, a iniciativa agradou tanto banda como empresa, ambos ávidos "por fazer algo bravo e um tanto louco". A proposta foi tocada para frente quando caiu a ficha de que poderiam "usar a internet para alcançar 173 países", o que sairia por menos que três centavos de dólar por cópia.
O sucessor de In Rainbows poderá evitar a fórmula de "álbum completo" e lançar poucas músicas, segundo Ed O'Brien, guitarrista do grupo.