Investigações apontam que aeronave de Almir Sater pode estar envolvida no tráfico internacional de drogas na Bolívia
Redação Publicado em 05/01/2023, às 13h05
O avião particular do violeiro e ator Almir Sater estaria na Bolívia sendo usado pelo tráfico internacional de drogas, segundo informações do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). A aeronave foi roubada em 6 de setembro de 2021 do aeroporto de Aquidauana (MS).
A delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, deu detalhes para o g1 sobre a grande apreensão de aeronaves no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e a hipótese do avião do cantor pode estar entre os apreendidos.
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As aeronaves apreendidas estavam lá a serviço do narcotráfico. Algumas características das aeronaves roubadas em Aquidauana batem com os aviões que estão apreendidos na Bolívia. Nós fizemos todas as gestões para que pudéssemos ter acesso as aeronaves e periciá-las, pois estavam adulteradas"
No Brasil, a Polícia Civil já estabeleceu todos os trâmites e aguarda a autorização do governo boliviano para que a perícia técnica seja feita nos aviões em Santa Cruz de La Sierra. A comparação entre as aeronaves apreendidas na Bolívia e das roubadas em Mato Grosso do Sul foi feita apenas por fotos até o momento.
O roubo da aeronave ocorreu no aeroporto de Aquidauana por volta das 2h (no horário local de MS) de 6 de setembro de 2021. Segundo a polícia, ao menos 18 criminosos estiveram no local do roubo.
O grupo rendeu o vigia e o obrigou a abastecer três aviões, incluindo uma aeronave do tipo Sky Lane, matrícula PTDST, do cantor Almir Sater, além de outras pessoas que trabalhavam no aeroporto. Ao todo, seis pessoas já foram presas pelo crime, sendo um homem localizado na Bolívia.
Após ter a aeronave roubada, Almir Sater detalhou ao g1 que trabalhava no campo, em uma das fazendas no Pantanal, pouco antes de saber sobre o roubo. Ainda no campo, o cantor contou que um rapaz foi em direção a ele, de motocicleta, para dar a notícia, descrevendo o momento de apreensão.
Quando vemos estas pessoas no campo, ficamos preocupados. Já senti meu coração apertado, pensei que seria algo com a minha família. Aí ele me deu a notícia de que tinham roubado o avião. Dos males, foi o menor. Vi o motoqueiro chegar e fiquei assustado. Bens materiais a gente trabalha, mas espero que seja recuperado. Mas se não, vão os anéis e ficam os dedos."
Almir usava o avião apenas para as demandas das fazendas que tem no Pantanal. O cantor disse que os períodos de mais uso eram os de cheia. "A aeronave atendia minha fazenda, não era para shows. Atendia nossa vida pantaneira."
