Documentário trouxe à tona casos de pedofilia que abalaram a carreira do cantor nos anos 2000
Leaving Neverland, no Brasil chamado Deixando Neverland, trouxe diversas sombras para vida de Michael Jackson e para sua carreira. O filme apresenta depoimentos emocionantes de duas supostas vítimas de pedofilia do cantor.
À luz das acusações, o rabino Shmuley Boteach, amigo do astro em vida, pronunciou-se em entrevista à Tracy Grimshaw nesta terça, 26, e disse que acredita na palavra de Wade Robson e James Safechuck, os acusadores do documentário, e caracterizou as entrevistas como “devastadoras, dolorosas e traumatizantes.”
“Não acho que esses homens estejam mentindo, e não acredito que a vergonha e a culpa que seus pais estão sofrendo, principalmente a mãe, seja fingimento”, falou.
“Nós nunca tínhamos ouvido acusações tão explícitas”, disse ele sobre a parte do documentário que relatou que os garotos constantemente dividiam a cama com Michael Jackson. “Nós nunca tínhamos visto os rostos dos acusadores enquanto eles falavam disso, e nós nunca tínhamos ouvido nada da família, que tiveram que apoiar essa dor.”
Relembrando o acordo legal feito pelo cantor e as supostas vítimas - no valor de US$ 23 milhões - o rabino disse que, na época, ficou em dúvida sobre a culpa do ex-amigo. “Eu não sabia se acreditava [na inocência dele] ou não. A gente não sabia. O que eu sabia era que, isso sendo verdade ou não, o Michael nunca mais deveria ser deixado perto de crianças”, opinou.
“Agora, vai ser fundamental uma mudança no legado de Michael Jackson, levando em conta esse documentário”, concluiu.