A produção original estreou no dia 15 de abril no streaming
Outer Banks é uma das novas séries adolescentes lançadas pela Netflix. A produção original norte-americana estreou no serviço de streaming dia 15 de abril e conquistou o público pela narrativa de drama teen - que embora possa soar clichê, não comete erros.
Para quem amou Elite, o suspense e o mistério somados às cenas de ação que envolvem a série nas três temporadas, certamente irá se apaixonar pela história apresentada em Outer Banks - há algumas diferenças, porém.
A nova produção original Netflix, criada por Josh Pane, Jonas Pate e Shannon Burk, tem uma atenção maior na construção das cenas de ação e na narrativa que envolve o ‘mistério’ responsável por impulsionar a história - e é um pouco mais distante dos romances intensos trazidos em Elite.
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Em uma ilha litorânea na Carolina do Norte, chamada Outer Banks, há uma divisão clara entre a área nobre e a periferia, na qual também separa os cidadãos pertencentes às diferentes classes sociais - aqueles com altos recursos financeiros e propriedades são os Kooks enquanto os trabalhadores são os Pogues.
Nas primeiras cenas, a série logo apresenta um grupo de adolescentes de 16 anos da periferia que estão sempre juntos e, claro, serão os responsáveis por movimentar as tramas da série: John B. (Chase Stokes), J.J. (Rudy Pankow), Pope (Jonathan Daviss) e Kiara (Madison Bailey) - que, na verdade, é uma Kook, mas não aceita as desigualdades sociais e quer ajudar quem precisa, principalmente os três amigos.
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John B. é um garoto que foi abandonado pela mãe, tem um pai desaparecido há nove meses e um tio ausente - mas não é emancipado, portanto, corre risco de ser levado para a adoção pelo Conselho Tutelar. Ele vive em uma cabana na periferia de Outer Banks e está sempre acompanhado dos três amigos.
Após um furacão na Ilha, John B. encontra pistas que podem ter a ver com o sumiço do pai dele. Logo, também descobre sobre um esquema dentro de Outer Banks chamado de Royal Merchant que envolve ouro. Na intenção de ficarem ricos e então tornarem-se Kooks, os quatro jovens embarcam nessa incrível e complicada jornada de “caça ao tesouro”.
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Certamente os quatro não eram os primeiros a conhecer isso e logo, enfrentam muitos problemas para conseguir avançar nas descobertas. Ao longo desse caminho, John B. conhece Sarah (Madelyn Cline), filha de um dos homens mais ricos da ilha, Ward (Charles Esten), que também entra na aventura para desvendar o mistério.
Os primeiros momentos da série podem parecer lento, mas a partir do episódio quatro, as cenas de ação e suspense passam a tomar conta da narrativa e o espectador juntamente com o grupo dos Pogues começa a montar o quebra-cabeça de Outer Banks.
Com o suspense e a ação combinados ao humor leve, a produção acerta no gênero drama teen. O resultado é um público envolvido com a história e com os personagens desde o primeiro episódio.
A construção dos personagens é cativante - e não apenas conversa com o público jovem, mas de qualquer faixa-etária. As histórias complexas e repletas de dramas familiares, em relacionamentos e em amizades é o adicional necessário para tornar a série ainda mais interessante e se aproximar, mais uma vez, do gênero teen.
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As lições sobre a fidelidade, companheirismo e lealdade entre amigos são ótimas para a reflexão do público. Inclusive, o foco maior é na amizade e não nos relacionamentos amorosos. Os diálogos inter-pessoais dos personagens são necessários para a construção da narrativa, por isso, a união entre os quatro é muito sensível e intensa.
Vale destacar o desempenho de Chase Stokes como John B. - que evoluí muito como personagem, com os dramas pessoais e com a história do pai; o de Rudy Pankow como J.J. - que enfrenta problemas familiares complexos e precisa amadurecer de uma maneira dolorosa por conta disso; e o de Madelyn Cine como Sarah - que também passa por questões com a família e passa por um processo de auto-conhecimento.
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Como a história se passa em uma ilha, as paisagens são belíssimas e se você ama oceano, mar e ilhas - certamente irá adorar a fotografia da série. Ainda, a trilha sonora traz músicas que combinam com o cenário como reggae e folk.
Por fim, a série só tem dez episódios, o que a torna uma ótima escolha para maratonar na Netflix. A primeira temporada de Outer Banks já está disponível no serviço de streaming.
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