As plataformas de veiculação chinesas retiraram o conteúdo do ar por não estar de acordo com as políticas do país
[Atenção: essa publicação tem spoilers de My Hero Academia]
A China proibiu a veiculação do mangá e anime My Hero Academia por causa de uma referência aos crimes cometidos contra a população chinesa durante a Segunda Guerra Mundial.
A 259º edição do mangá revelou que o verdadeiro nome do vilão da narrativa, conhecido pelo pseudônimo Daruma Ujiko, é Maruta Shiga. O problema é que "maruto" era o termo utilizado pela unidade 371 do exército imperial japonês para se referir às vítimas chinesas de experimentos e torturas.
No período da guerra, crianças, idosos, mulheres grávidas e deficientes mentais eram submetidos a experimentos de infecção, amputação, dissecação e até lobotomização enquanto ainda estavam vivos.
No mangá, o próprio vilão é resultado de um experimento e comete práticas similares contra os inimigos.
Pouco tempo depois da divulgação do material, os sites de veiculação de mangás e animes Bilibili e Tencent Comics receberam inúmeras críticas dos leitores e espectadores. As plataformas, então, retiraram o conteúdo do ar e o site Bilibili declarou que o mangá não estava "de acordo com as políticas da China".
Além disso, o videogame My Hero Academia: Strongest Hero, que estava em desenvolvimento, foi retirado da página oficial do estúdio chinês Xin Yuan.
Em resposta, o criador do mangá, Kōhei Horikoshi, e o estúdio Shueisha pediram desculpas e garantiram que o nome do personagem será alterado nos próximos capítulos. O artista ainda ressaltou que não tinha intenção de fazer referência aos crimes cometidos pelo exército japonês.
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