A empresa já enfrentou outras ações judiciais similares no passado
No fim da última semana, três pessoas abriram um processo contra a Apple pelo mesmo motivo: uma suposta violação de privacidade. A ação judicial foi registrada pela corte da Califórnia.
No documento, os autores acusam a empresa de vender diretamente para terceiros informações privadas sobre a rotina musical de cada um deles, além de compartilhar com criadores de aplicativos exclusivos para iOS o acesso a esses dados.
Caso seja considerada culpada, a Apple será obrigada a pagar uma indenização aos moradores de Michigan e Rhode Island (estados em que residem os requerentes) que tiveram suas informações vendidas.
Mais explicitamente, uma das acusações alega que a companhia vendeu os dados do histórico de músicas compradas pelos usuários do iTunes para os chamados data brokers, pessoas que basicamente compilam e a vendem informação de consumidores.
Eles, por sua vez, teriam juntado esse conhecimento adquirido a outras informações públicas e revendido como um pacote para comerciantes digitais.
O processo bate de frente com a autodeclaração da Apple de ser uma empresa que tem como foco a privacidade antes de pensar na competição do mercado. O documento inclusive apresenta a foto de uma propaganda da desenvolvedora, que diz "o que acontece no seu iPhone fica no seu iPhone".
Os representantes da marca ainda não se pronunciaram a respeito.
O desafio dos acusadores, porém, será provar que foram prejudicados pela suposta ação da Apple. No passado, outros processos similares foram encerrados por falta de provas.