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Ataque ao Porta dos Fundos: As polêmicas do especial de Natal e repercussão internacional

Na véspera de Natal, 24, bombas caseiras incendiárias foram lançadas na sede da produtora

Redação Publicado em 27/12/2019, às 12h46

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Cena de 'A Primeira Tentação de Cristo', especial de Natal do Porta dos Fundos (Foto: Reprodução/ Netflix)
Cena de 'A Primeira Tentação de Cristo', especial de Natal do Porta dos Fundos (Foto: Reprodução/ Netflix)

A sede da produtora responsável pelo canal Porta dos Fundos foi alvo de ataque na última terça, 24, véspera de Natal, em Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. 

Segundo informações divulgadas pela TV Globo, após ter acesso às imagens das câmeras de segurança, o estabelecimento foi atacado por pelo menos quatro pessoas que lançaram bombas caseiras incendiárias (popularmente conhecidas por Coquetel Molotov). 

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O caso, que ocorreu por volta das 4h, resultou em danos materiais no quintal e na recepção da produtora. O fogo foi contido por um segurança que estava no prédio. Ninguém ficou ferido. 

Logo na manhã do dia 24, o grupo vencedor do Emmy Internacional na categoria de Melhor Comédia, por Se Beber, Não Ceie (2018), se pronunciou no Twitter. Veja a thread abaixo: 

Repercurssão internacional 

A notícia do ataque repercutiu na imprensa internacional em veículos como The New York Times, Variety, New York Post, BBC e Indepedent

Nas reportagens, os veículos explicam o ocorrido, relatam o teor do especial de Natal e as declarações oficiais feitas pelo Porta dos Fundos

O Indepedent afirmou que "o grupo de comédia enfrentou análise internacional e acusações de blasfêmia após o lançamento do especial de Natal da Netflix 'A Primeira Tentação de Cristo' e que "o serviço de streaming levou cerca de 2 milhões de pessoas a assinar uma petição pedindo que a Netflix removesse o programa". 

Em 2013, o canal já havia sido destaque em um artigo do The New York Times. Na publicação, o jornal norte-americano explicou como os vídeos satíricos do canal desafiam a população brasileira a tratar assuntos considerados "espinhosos" como religião, uso de drogas, sexualidade e corrupção.

Além disso, afirmou que "o Brasil abriga a maior comunidade católica do mundo, bem como uma comunidade evangélica em rápida expansão com crescente influência política."

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, se manifesta sobre o ataque

Segundo informações divulgadas pelo G1, o governador do RJ declarou estar "acompanhando as investigações". 

"Como tenho dito desde o início do ano, eu sou contra toda forma de violência ou intolerância. Nós temos os caminhos normais para poder buscar reparação de eventual dano que tenha sido ocorrido. A via correta é o Poder Judiciário. Através do juiz que você vai ter a reparação do dano quando for devido. Então sou absolutamente contrário a toda forma de intolerância e violência"

"Nós queremos em no prazo mais rápido possível encontrar quem são os autores dessa espécie de atentado e dar, imediatamente, a sociedade as respostas necessárias", acrescentou.

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Críticas ao especial de Natal 

Desde o lançamento de A Primeira Tentação de Cristo em dezembro, o grupo tem sido alvo de críticas de diversos grupos cristãos. A produção, que tem Gregório Duvivier como Jesus Gay e Fábio Porchat como Lucifer e amante, tem sido apontada como desrepeitosa pelas piadas com a religião cristã.

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Na última semana, junto ao Conselho Nacional dos Conselhos de Pastores do Brasil e o bispo Robson Rodovalho, fundador da comunidade evangélica Sara Nossa Terra, representantes evangélicos pediram indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão, bem como indenizações individuais em valor "não inferior a R$ 1 mil" a todos os cristãos que se sentirem ofendidos de alguma forma.

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Além disso, pediram para que os fiéis cancelassem as assinaturas da Netflix, e diversos grupos cristãos - principalmente evangélicos - querem que o programa saia do catálogo da plataforma de streaming. 

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