Filha mais nova dos cineastas Glauber Rocha e Paula Gaitán, Ava carrega uma trajetória artística extensa
‘‘É difícil imaginar a minha vida de outra maneira”, afirma Ava Rocha, cantora carioca de 36 anos. “Cresci em uma família de artistas, e você é permeável a esse tipo de estímulo. Minha mãe me mostrou filmes do Orson Welles quando eu ainda era criança”, continua a musicista, que lançou em 2015 o álbum Ava Patrya Yndia Yracema, que rendeu a ela dois Prêmios Multishow, nas categorias Artista Revelação e Novo Hit (“Você Não Vai Passar”).
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Filha mais nova dos cineastas Glauber Rocha e Paula Gaitán, Ava carrega uma trajetória artística extensa, tendo iniciado uma carreira no cinema aos 14 anos, passado pelo Teatro Oficina e, desde 2008, mergulhado na vida de cantora. Antes do recém-lançado registro, Ava já havia divulgado Diurno. Ela declara que os discos são a extensão natural de algo que sempre fez parte dela. “Não me forcei a fazer isso; assim como tem o cinema, em que cultivo uma história, a música para mim é algo perene.
Ela evidencia nos dois trabalhos a preocupação estética das canções. Ava Patrya Yndia Yracema, que teve produção de Jonas Sá, conta com faixas bastante diferentes entre si, recheadas de experimentações. “Fico feliz que minha música esteja sendo ouvida por mais gente, a cena independente permite certo tipo de produção e outras propostas. Além do mais, tem espaço pra todo mundo.”
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Dedicada, a cantora filosofa sobre a importância de um artista se manter próximo da própria obra: “Nós somos as pontes e os abismos da nossa linguagem, por isso fico feliz quando alguém elogia o meu trabalho. Há uma parte de mim ali, e isso é um ponto fundamental”.
Mesmo demostrando ter uma personalidade marcante, Ava ainda lida com as inevitáveis comparações e menções ao pai. A cantora garante que isso não a incomoda. “O meu pai ocupa um lugar dele, inalcançável. O que ele fez foi me dar afeto e amor, grandes subsídios para eu me tornar artista.”