Nova-iorquina interpretou “Chega de Saudade” e hits de sua carreira no último domingo, 12
Apesar de o material oficial do show informar que aquela seria a primeira apresentação de Azealia Banks no Brasil, a cantora e rapper nova-iorquina fez seu segundo show em São Paulo na noite do último domingo, 12, no Audio Club. Quem testemunhou a performance no extinto festival Planeta Terra, em 2012, talvez se recorde que a MC não durou muito tempo em cima do palco principal naquela ocasião. Quatro anos depois, Azealia segue adepta dos shows breves. Não fosse pelo bis conquistado pelos fãs, a apresentação teria sido mais curta do que os 47 minutos de atraso – o horário marcado para o início do espetáculo era 20h30, mas ela só entrou em cena às 21h17, sendo que despediu-se às 22h03, voltou para cantar “Yung Rapunxel” e foi embora de vez às 22h09.
Houve quem deixasse a casa reclamando: “Foi menor do que show de festival!”. Mas a plateia, que chegou a pagar R$ 500 por um ingresso da pista VIP (o único espaço do Audio com lotação digna), respondeu com empolgação durante todos os minutos em que pôde ver a diva no palco. Acompanhada por DJ, baterista e um casal de dançarinos, Azealia também fez a alegria de KL Jay, dos Racionais MC’s, que assistiu à performance do camarote, vibrando com os scratches do principal parceiro da norte-americana. A grande sacada sonora da rapper, contudo, foi contar com a bateria no palco, elemento que deu mais vida aos ótimos singles “The Big Big Beat”, “Liquorice” e “212”.
Azealia usava as pausas entre as músicas para beber sua água de canudinho, não para interagir com a plateia. Mas nenhum clichê sobre a emoção de voltar ao Brasil teria mais impacto do que a versão a capella dela para o clássico da bossa nova “Chega de Saudade”, que a cantora levou em português, com alguns floreios vocais, segurando uma bandeira do Brasil na mão esquerda. Ainda que os presentes estivessem mais interessados em ouvir “Esta Noche” (que a cantora puxou do fim do setlist para o meio da apresentação ao ouvir o clamor dos fãs), esse, sem dúvida, foi o minuto mais valioso do domingo, 12.