Backstreet Boys: Nick Carter é acusado de abusar e transmitir doenças a mulher
Músico é processado por violência sexual pela quarta vez; defesa negou as acusações e disse que denúncias são "absurdo" criado por "conspiradoras"
Por Nancy Dillon, da Rolling Stone
Publicado em 15/04/2025, às 16h24
O cantor do Backstreet Boys, Nick Carter, enfrenta um novo processo de agressão sexual feito por uma mulher que teve um relacionamento com ele em 2005.
A queixa civil alega que o abuso ocorreu na época em que Laura Penly viajava para visitar Carter. Ela tinha 19 anos e ele 25. Penly afirma que teve relações sexuais consensuais com o músico cerca de três vezes. Então, durante uma visita, depois de afirmar que só queria assistir a um filme, Carter se recusou a aceitar um não como resposta. Ela afirma que o artista "desconsiderou" sua recusa e disse que "a única razão pela qual ela estava lá era para ter relações sexuais".
"Carter então pegou a autora e a jogou na cama", diz a ação. A queixa alega que ele segurou Penly e a abusou sexualmente à força, apesar das repetidas negativas da mulher. Diz ainda que o homem não usou preservativos.
A queixa de 10 páginas obtida pela Rolling Stone afirma que Carter agrediu Penly novamente cerca de dois meses depois, após ele pedir desculpas e solicitar para vê-la novamente. A mulher diz que ele a convidou para ir até seu apartamento enquanto tinha dois amigos presentes. Então, ele teria a isolado em um quarto e abusado dela pela segunda vez.
Outras denúncias
A ação legal de Penly é a mais recente em uma série de processos movidos contra Nick Carter por outras três mulheres, incluindo a ex-cantora do Dream, Melissa Schuman. Na ação apresentada há dois anos, a mulher alega que o músico a drogou e estuprou em seu apartamento em 2003, quando ela tinha 17 anos.
Os advogados de Carter negam as acusações, chamando-as de "absurdas" em uma declaração à Rolling Stone. A defesa afirma que todas as quatro autoras são "conspiradoras" tentando pressionar Carter durante um ressurgimento em sua carreira ligado ao 25º aniversário do álbum Millennium dos Backstreet Boys, uma alegação que as mulheres negam. Na sua ação, Penly diz que foi chamada para depor em uma audiência envolvendo as outras acusadoras. Desde então, ela afirma ter enfrentado assédio contínuo de fãs do músico e da banda.
"Isto é apenas mais do mesmo absurdo desse grupo de conspiradoras e seus advogados que continuam abusando do sistema judiciário para tentar arruinar Nick Carter. É tirado do mesmo manual previsível: esperar décadas até que o Sr. Carter esteja celebrando um marco profissional e então se esconder atrás do privilégio do processo para fazer alegações totalmente falsas na tentativa de causar o máximo de dano possível a Nick e sua família", disseram os advogados de Carter à Rolling Stone. "Nick não se lembra nem mesmo de ter conhecido Laura Penly. Ele certamente nunca teve nenhum relacionamento romântico ou sexual com ela. Nunca. A pessoa fazendo essas alegações tem um histórico documentado de problemas financeiros e legais."
Na sua ação, Penly também afirma que Carter a infectou com várias doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o papilomavírus humano (HPV), o que segundo ela levou ao diagnóstico subsequente de câncer cervical em estágio 2 em agosto de 2005. Penly afirma ter passado por diversos tratamentos médicos e também ter sofrido "severa angústia emocional, dor física, problemas médicos, questões de intimidade e outros traumas complexos" relacionado aos supostos estupros.
Na declaração, os advogados de Carter disseram que seu cliente não é culpado. "Quaisquer desafios de saúde que ela possa ter enfrentado não têm absolutamente nada a ver com Nick. Não apenas iremos combater isso como também buscaremos sanções contra sua equipe por permitir essa ação frívola", disseram eles.
O músico também está sendo processado por Shannon"Shay" Ruth, uma mulher que alega que ele a agrediu sexualmente em um ônibus da turnê em fevereiro de 2001; e Ashley Repp, que afirma que Carter a estuprou em um iate em 2003 quando ela tinha 15 anos. Repp inicialmente apresentou sua ação como Jane Doe (nome fictício), mas depois se identificou plenamente quando participou do documentário Nick e Aaron Carter: A Queda dos Ídolos (2024), disponível na Max.
O caso apresentado por Schuman está marcado para julgamento na Califórnia em dezembro. Já as reivindicações de Ruth e Repp devem ser ouvidas em um julgamento programado para março de 2026. Enquanto isso, Penly busca danos compensatórios e punitivos a serem decididos peos juízes.
Carter negou as alegações feitas por Schuman, Ruth e Repp e processou as três mulheres por difamação. A denúncia que ele apresentou contra a última mulher foi negada em agosto de 2024.
Enquanto isso, o novo documentário The Carters, com a irmã do artista, m novo documentário em duas partes da irmã dos irmãos, Angel Carter Conrad, está disponível no Paramount+.
Artigo publicado em 14 de abril de 2025 na Rolling Stone. Para ler o original em inglês, clique aqui.