Paul McCartney disse que canções dos Beatles eram feitas para classe trabalhadora, embora os chefes também gostassem da banda
Prestes a estrear o documentário Get Back, do diretor Peter Jackson, sobre os Beatles, o baixista e vocalista Paul McCartney relembrou o show que sua antiga banda fez no telhado da Apple Corps, em Saville Road, em Londres, em 30 de janeiro de 1969, que marcou a última aparição pública da banda.
Enquanto os Beatles se apresentavam no teto do estúdio, os empresários e donos de lojas locais reclamavam nas ruas por causa da perturbação que estavam causando. "Há sempre o cara de chapéu que odeia o que você está fazendo. Ele nunca vai gostar e acha que você está ofendendo sua sensibilidade," disse Paul McCartney.
O músico de 79 anos prosseguiu relembrando a ocasião e afirmou que as canções dos Beatles são, principalmente, para a classe trabalhadora:
"Você tem que lembrar que há pessoas que trabalham para aquele cara. Existem jovens secretárias, jovens no escritório, comerciantes e os faxineiros. Essas são as pessoas que gostam de nós. Além disso, muitos chefes também gostam. Sempre soubemos que existe o estabelecimento, e por trás existe o povo trabalhador. Nós éramos trabalhadores."
Paul McCartney, completou:
"Os trabalhadores tendiam a nos entender o que estávamos fazendo. E, ocasionalmente, obteríamos também esse tipo de esnobe que ficava com raiva [os chefes]. De certa forma, isso fazia parte da diversão."
+++ LEIA MAIS: Beatles: Após 45 anos, Paul McCartney revela quem é ‘Eleanor Rigby’
Sobre Get Back, de Peter Jackson, McCartney falou ao The Sunday Times após assistir ao filme: "É realmente fabuloso porque mostra nós quatro se divertindo. Foi muito reafirmante para mim. Essa era uma das coisas importantes sobre os Beatles: nós fazíamos um ao outro rir."
As informações são do NME.