Após o lançamento de Bebê Rena na Netflix, Fiona Harvey se identificou como versão real da Martha, mas negou diversos aspectos da narrativa
Apesar de Netflix ou Richard Gadd não revelarem quem foi a mulher que baseou a personagem Martha, antagonista de Bebê Rena, Fiona Harvey começou a conceder entrevistas e até entrou com processo contra o serviço de streaming e Gadd, que se pronunciou sobre o assunto pela primeira vez.
Segundo informações do The Guardian, na ação legal contra Netflix, Harvey pede US$ 170 milhões por difamação, imposição intencional de sofrimento emocional, negligência, negligência grave e violações de direito de publicidade. Sobre a série, ela confirma ser a inspiração, mas nega diversos aspectos da narrativa.
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"As mentiras que os réus contaram sobre Harvey a mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo incluem que Harvey é uma perseguidora condenada duas vezes e sentenciada a cinco anos de prisão, e que Harvey abusou sexualmente de Gadd," diz o processo. "Os réus contaram essas mentiras e nunca pararam, porque era uma história melhor do que a verdade, e histórias melhores davam dinheiro."
"A Netflix, uma empresa multinacional de streaming de entretenimento de bilhões de dólares, não fez literalmente nada para confirmar a ‘história verdadeira’ que Gadd contou. Ou seja, nunca investigou se Harvey foi condenada, uma deturpação gravíssima dos fatos," continuou.
Não ajudou em nada a compreender a relação entre Gadd e Harvey, se houver… como resultado das mentiras, prevaricação e má conduta totalmente imprudente dos réus, a vida de Harvey foi arruinada. Simplesmente, Netflix e Gadd destruíram sua reputação, seu caráter e sua vida.
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Em resposta, um porta-voz da Netflix disse: "Pretendemos defender este assunto vigorosamente e defender o direito de Richard Gadd de contar a sua história."
Em resposta ao processo, Gadd comentou uma perseguição "exaustiva e extremamente perturbadora" que supostamente experimentou nas mãos de Harvey em um documento de 21 páginas, apresentado a um tribunal da Califórnia em 29 de julho, segundo The Guardian.
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O artista disse que sofreu anos de "perseguição, assédio, abuso e ameaças" por parte de Fiona Harvey, entre 2014 e 2017. Em seguida, ele descreveu Bebê Rena como "releitura ficcional de minha jornada emocional por meio de vários eventos reais extremamente traumáticos."
A série é uma obra dramática. Não é um documentário ou uma tentativa de realismo. Embora a série seja baseada na minha vida e em eventos da vida real e seja, em sua essência, emocionalmente verdadeira, não é um relato passo a passo dos eventos e emoções que experimentei à medida que aconteciam. É ficcional e não pretende retratar fatos reais.
Além disso, Gadd falou sobre a peça, que mais tarde baseou o seriado, apresentada durante o Festival de Edimburgo de 2019: "Embora essas produções teatrais fossem emocionalmente verdadeiras e baseadas em eventos reais da minha vida, elas dramatizavam pessoas, lugares, coisas e eventos para contar uma história…"
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"Eu não escrevi a série como uma representação de fatos sobre qualquer pessoa real, incluindo Fiona Harvey… Martha Scott não é Fiona Harvey," disse.