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Com Benedict Cumberbatch, Doutor Estranho explora dimensões paralelas e expansão da mente

Filme, que estreia nesta quinta, 3, tem direção de Scott Derrickson e é a primeira experiência do super-herói da Marvel nas telonas

Paulo Cavalcanti Publicado em 03/11/2016, às 17h47 - Atualizado às 20h03

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Benedict Cumberbatch dando vida ao personagem-título de <i>Doutor Estranho</i> - Reprodução
Benedict Cumberbatch dando vida ao personagem-título de <i>Doutor Estranho</i> - Reprodução

Todos os grandes e importantes personagens da Marvel já tiveram seus filmes individuais (Thor, Capitão América, Homem de Ferro) ou estão cotados a ganhar uma produção própria (Hulk, Viúva Negra). Claro, todos eles se juntam em Os Vingadores, e a trupe até ganhou o reforço do Homem Aranha em Capitão América: Guerra Civil.

Com isto, o braço cinematográfico da empresa de quadrinhos abre espaço para alguns heróis não tão presentes no cenário mainstream, mas que possuem um apelo indiscutível. É o caso do Doutor Estranho, criado orginalmente em 1963 por Steve Dikto. A esperada adaptação cinematográfica chega às telas esta quinta, 3, com direção de Scott Derrickson e com Benedict Cumberbatch no papel principal.

Assim como Tony Stark, álter ego do Homem de Ferro, o Doutor Stephen Strange também é um brilhante homem da ciência. Bem como o personagem vivido por Robert Downey Jr., ele se mostra uma pessoa temperamental e arrogante. Strange é um cirurgião de Nova York, um gênio em seu campo de atuação e, desta forma, é muito bem recompensado financeiramente.

Ele salva vidas, mas acima do bem-estar da humanidade, está mais interessado na fama e fortuna. Strange sofre um providencial acidente de carro. Ele se salva, mas perde a habilidade de usar as mãos e assim, não tem mais relevância profissional. Ele fica sabendo do caso de Jonathan Pangborn (Banjamn Bratt), um paraplégico que voltou a andar. E descobre que ele conseguiu isto depois de passar um tempo no Nepal. Strange decide traçar a mesma rota de Pangborn.

Ao chegar na região do Himalaia, ele conhece a Anciã (Tilda Swinton), líder de uma misteriosa seita. Ao lado delas estão os discípulos Mordo (Chiwetel Ejiofor) e Wong (Benedict Wong). Eles percebem que Strange tem a capacidade de conjurar poderes mágicos. Mas, para isso, o cético cirurgião tem que começar a acreditar no lado místico presente dentro do ser humano. E também precisa conter a presunção e individualismo.

Se ele não fizer isto, poderá repetir o exemplo de Kaecilius (Mads Mikkelsen), que resolveu se rebelar contra os ensinamentos da Anciã e seguir Dormammu, uma poderosa entidade negativa que pretende dominar o universo. Munido do Manto de Levitação e do Olho de Agamotto, o Doutor Estranho segue para encarar Dormammu e depois explorar todo um novo mundo de possibilidades.

Doutor Estranho é um filme acima da média, mas alguns pontos necessitam de ponderação. Como o personagem esta sendo apresentado pela primeira vez no contexto cinematográfico, leva um tempo para que a ação realmente comece. Kaecilius é um vilão clichê e serve mais para fazer com que o Doutor Estranho se lance à ação.

Mas o que torna a narrativa tão vibrante e intrigante é como o diretor Scott Derrickson mexe com os conceitos de tempo e espaço, dimensões paralelas e expansão da mente. É obrigatório assistir o filme em 3D: os delirantes efeitos caleidoscópicos e psicodélicos são parte integral da narrativa. O filme termina no pico e deixa a todos clamando por mais.

Mas, sem problema, já que o Doutor Estranho vai retornar. Depois dos créditos, existem duas cenas extras. Sem estragar a surpresa, mas para antecipar: uma delas indica como o Doutor Estranho vai se inserir no universo expandido dos Vingadores; e a outra, mostra quem será o antagonista dele no próximo filme.