O Presidente da República usou as redes sociais para comentar a acusação de interferência na Polícia Federal
Jair Bolsonaro e o filho Carlos, vereador do município do Rio de Janeiro, atacaram Sergio Moro pelo Twitter após a publicação de trechos transcritos da reunião ministerial, na qual o presidente declarou abertamente que iria interferir no comando da Polícia Federal, segundo o ex-Ministro da Justiça.
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No dia 22 de abril, Bolsonaro declarou que iria “interferir” na Polícia Federal por não estar dando informações e não iria esperar a instituição “fod**” a família dele para trocar a segurança. Confira um trecho da transcrição revelada:
"Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento, etc.”
Já na quinta-feira, 14, Bolsonaro compartilhou uma foto da conversa de Moro com a deputada federal Carla Zambelli no Whatsapp, no dia 24 de abril. A integrante do PSL pede para conversar com o ex-ministro e explica que Maurício Valeixo pediu para deixar o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
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Junto com a imagem, o presidente enfatizou que pediu a autorização de Carla para citar as mensagens, ao contrário de Moro que divulgou outras conversas para a Globo sem consultar a deputada.
Em seguida, Bolsonaro diz que a possibilidade de revogação da exoneração, citada por Moro, é a prova de que não existe interferência. Ele escreveu: “Game over, pelo próprio zap [sic] de Moro”.
2- 20 minutos antes de sua coletiva o ex-ministro afirma que NÃO pediria demissão, caso o Presidente revogasse a exoneração do Delegado Valeixo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 15, 2020
3- Fica claro que, com a possível revogação do decreto de exoneração, qualquer "interferência" por parte do Presidente deixaria de existir.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 15, 2020
4- GAME OVER, pelo próprio Zap de Moro.
Já Carlos Bolsonaro criticou o ex-ministro e disse: “Estou para ver uma pessoa, ao meu ver, mais máu [sic] caráter que este Sérgio Moro. Enquanto no governo afirmava que nunca houve interferência do presidente na Polícia Federal. Ontem entregou conversas privadas para a Globo com sua afilhada, que nada comprovou a não ser sua índole”
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Hoje, o desarmamentista insiste em narrativa para se manter vivo na política. O país quer crescer e está cansado de um ex-ministro que via o povo ser massacrado com aquela sua cara de paisagem e preferiria curtir uma prudência, sofisticação, um alicate, biografia e os tucanos.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) May 14, 2020
Em resposta aos tuítes, Moro também utilizou a rede social para se manifestar. O ex-ministro compartilhou a nota do advogado Rodrigo Sánchez Rio, a qual aponta a omissão de trechos relevantes da transcrição, além do acesso ao vídeo pela AGU - Advocacia-Geral da União.
Minha posição. pic.twitter.com/EhyW5AoFet
— Sergio Moro (@SF_Moro) May 15, 2020
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