Primeira oferta da vacina Coronavac foi feita pelo Butantan em julho de 2020, mas o Ministério da Saúde ignorou
Nesta quinta, 27, Dimas Covas, diretor do Butantan, disse que Jair Bolsonaro (sem partido) e o Ministério da Saúde ignoraram uma oferta de 60 milhões de vacinas contra Covid-19. As informações são do O Globo.
Em depoimento à CPI da Covid, Covas explicou que o “Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a vacinar a população”. O diretor do Butantan falou que primeira oferta de doses (60 milhões) ao Ministério da Saúde, realizada em julho de 2020, não teve respostas, e garantiria a entrega dos imunizantes no último trimestre de 2020.
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Além de propor a compra de vacinas ao governo federal em julho de 2020, o Butantan pediu uma ajuda de custo de R$ 80 milhões para habilitar a fábrica para produção nacional das vacinas. O Ministério da Saúde, entretanto, também não respondeu à oferta.
Conforme depoimento de Covas, o governo federal assinou o protocolo de intenção de venda de vacina em 19 de outubro, mas a ação ficou em “suspenso” por quase três meses. Durante o período, Bolsonaro fez diversas declarações afirmando que não compraria a Coronavac.
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Segundo Dimas Covas, apesar de o Instituto Butantan ter 10 milhões de doses prontas em dezembro, a vacinação não pôde ser iniciada na época. A causa, segundo o diretor, “foram os percalços, tanto de vista de contrato como regulatório.”
Caso não houvesse as indefinições do governo federal, 100 milhões de doses poderiam ter sido entregues até maio de 2021, segundo depoimento do diretor do Instituto Butantan à CPI da Covid.
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