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Bolsonaro vai parar nos trends com suástica no lugar do 's' depois de vídeo de secretário demitido

Alusão a Hitler e nazismo vem do discurso do ex-Secretário da Cultura, Roberto Alvim, e sua citação de Goebbels, braço-direito do político alemão

Redação Publicado em 17/01/2020, às 17h56

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Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)

Após o ex-Secretário da Cultura Roberto Alvim publicar um vídeo com um discurso recheado de supostas alusões nazistas, o presidente Jair Bolsonaro também foi acusado de compactuar com o governo totalitarista. 

Nesta sexta, 17, o sobrenome do político ganhou uma grafia com uma suástica, símbolo do partido de Hitler na Alemanha Nazista, no lugar da letra “S.” A hashtag #ForaBol卐onaro surgiu no Twitter e, em poucas horas, entrou no Trending Topics (um ranking de assuntos mais comentados na rede social em tempo real).

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Nas publicações do Twitter, as pessoas fazem piadas com o acontecimento desta semana, a consequente demissão de Alvim e também publicam montagens com o rosto do presidente brasileiro ao lado do de Hitler.

O que aconteceu?

Na quinta, 16, o então Secretário da Cultura Roberto Alvim publicou um vídeo no qual cita Joseph Goebbels, braço-direito de Hitler durante o regime nazista na Alemanha, em um discurso:

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"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional,” brada o secretário. “Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada."

A fala é parafraseada dessa declaração de Goebbels: "A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada."

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Além da fala, ao fundo do vídeo ecoa Lohengrin, uma ópera - a favorita do parceiro de Hitler.

Roberto Alvim foi à público em um texto no Facebook e negou qualquer ligação. Chamou as acusações de “falácia de associação remota”  e “uma coincidência retórica.” (Leia a íntegra aqui).

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Jair Bolsonaro, presidente, anunciou em nota aberta o desligamento de Alvim da Secretaria da Cultura. “Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, diz o texto. 

“Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum.”


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