Presidente teria dito que não poderia ser "surpreendido"
A decisão de Jair Bolsonaro em mudar o comando do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, em reunião ministerial gravada pelo Planalto em 22 de abril, está relacionada com a proteção da própria família do presidente - segundo pessoas que tiveram acesso à gravação. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo relatos à Folha, o presidente não poderia ser "surpreendido", já que, segundo ele, a Polícia Federal não transmitia informações. Dessa forma, Bolsonaro teria dito que pessoas próximas a ele poderiam estar sendo prejudicadas ou perseguidas.
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A partir disso, o presidente teria dito que se preciso mudaria o comado da instituição, inclusive do Ministério da Justiça, comandado até então por Sérgio Moro (que deixou o governo apenas três dias após essa reunião).
A gravação da reunião ministerial foi exibida nesta terça, 12, na Polícia Federal em Brasília. Sérgio Moro, os advogados do ex-ministro e integrantes da Procuradoria-Geral da República, da Polícia Federal e do governo acompanham a exibição do vídeo.
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Em nota também divulgada pela Folha, Rodrigo Sanchez Rios, que faz parte da defesa de Sérgio Moro, comentou: “Assistimos hoje ao vídeo da reunião interministerial ocorrida em 22 de abril. O material confirma integralmente as declarações do ex-ministro Sergio Moro na entrevista coletiva de 24 de abril e no depoimento prestado à PF em 2 de maio".
"É de extrema relevância e interesse público que a íntegra desse vídeo venha à tona. Ela não possui menção a nenhum tema sensível à segurança nacional”, completou.
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