Vocalista do U2 estampa atualmente a capa da edição norte-americana da Rolling Stone
Em entrevista concedida à atual edição norte-americana da Rolling Stone, Bono fez declarações – um tanto polêmicas – sobre o atual estado da música. O vocalista do U2 disse que, no momento, a raiva juvenil masculina, tão presente e marcante no rock and roll, já não tem mais espaço, e que “o hip-hop é o único lugar” em que este sentimento se faz presente – algo ruim, para ele.
Bono seguiu falando que a produção musical no mundo de hoje em dia, no geral, está “muito ‘de menininha’”, usando a palavra inglesa girly, que traz um sentido de fragilidade e infantilidade feminina. O tom machista, inclusive, não passou despercebido pelos fãs e leitores, que prontamente criticaram a declarações na internet.
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O líder da banda irlandesa mencionou que a tal “raiva masculina” necessária estava presente em composições de bandas ícones do rock, citando Pearl Jam e The Who. Também na entrevista, dada a Jann Wenner, ele chegou a comentar que um de seus filhos acredita que “uma revolução no rock and roll revolution está prestes a chegar.”
Bono ainda contou que conhece músicas novas através dos filhos, mencionando especificamente a filha Eve, que “é ligada em hip-hop” – o que pode explicar os elogios recentes a Chance the Rapper e a “dupla parceria” com Kendrick Lamar. Só em 2017, o rapper de Compton, nos Estados Unidos, participou da faixa “American Soul”, de Songs of Experience – disco mais recente do U2, lançado este mês – e o próprio U2 também foi convidado para a música “XXX”, do aclamado DAMN., lançado por Lamar em abril.
Abaixo, veja a capa da Rolling Stone EUA com Bono.