Alta na cotação do dólar deve influenciar variação de preços de jogos eletrônicos no Brasil, afirma diretor sênior de PlayStation
O Brasil Game Show 2015 abriu suas portas ao público nesta sexta-feira, 9, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento acontece até até o próximo dia 12 e reúne as maiores empresas do segmento de videogames do país e desenvolvedores independentes. As gigantes Sony e Microsoft marcaram presença similar ao ano de 2014, com imponentes estandes e alguns títulos inéditos em meio a jogos já lançados. A Nintendo, que está sem presença oficial no país, não tem representação no BGS este ano.
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No geral, a seleção de títulos não traz muitas novidades, nessa época do ano os grandes games já saíram ou estão prestes a chegar às lojas. Mas é uma boa oportunidade para o público ter contato direto com alguns jogos, já que a recente alta do dólar levou o preço do Xbox One para R$ 2.499 e vários títulos (tanto de Xbox quanto para PlayStation) serão lançados em breve a R$ 300. O PlayStation 4 passou a ser fabricado no Brasil nesse semestre e teve uma queda de preço, mas ainda é R$ 100 mais caro do que o Xbox One.
No dia 8, quando a feira estava aberta para a imprensa e parceiros, conversamos com Anderson Gracias, diretor sênior de PlayStation na América Latina, sobre o impacto da economia no setor de jogos. “Qualquer um que disser, na nossa situação, que não há risco de aumentar o preço é maluco e imprudente”, diz Gracias. O executivo também menciona que a situação não é só no Brasil: "Eu sou responsável pela América Latina e acompanhado de perto. Estamos aumentando os preços em todos os países”.
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O resto da América Latina, aliás, não recebe os consoles fabricados no Brasil ainda. É uma possibilidade no futuro, mas Gracias afirma que a prioridade é abastecer o mercado nacional. Sobre uma possível queda de preço na venda de jogos por download, Gracias comenta que a venda de jogos em mídia física ainda é a mais expressiva e que há muitos custos de infraestrutura e royalties de produção que mantêm o preço do download alto. Mas admite que, em parte, a pressão do varejo para não ter suas vendas “canibalizadas” influencia na decisão de manter paridade de preços.