Um dos montadores de A Árvore da Vida, o brasileiro Daniel Rezende diz que trabalhar com Terrence Malick mudou sua vida
BR Press Como Brad Pitt, ator e produtor de A Árvore da Vida - premiado como melhor filme no Festival de Cinema de Cannes -, o montador brasileiro Daniel Rezende, diz que "trabalhar com Malick mudou minha vida". Ele se refere ao lendário e recluso cineasta norte-americano Terrence Malick, que, por "timidez", não foi buscar o prêmio nem foi ao festival.
Rezende montou filmes-chave da cinematografia brasileira, como Diários de Motocicleta (com elenco internacional, mas dirigido pelo brasileiro Walter Salles), Tropa de Elite (1 e 2) e Cidade de Deus, pelo qual ganhou projeção internacional depois da indicação ao Oscar, em 2003. Foi o diretor Fernando Meirelles que apresentou Malick a Rezende, num jantar em Los Angeles, naquele ano.
"Terry me convidou para fazer um último corte no seu filme anterior, O Novo Mundo (2005), mas acabou não acontecendo", contou Rezende em entrevista ao portal iG. Mesmo assim, um ano antes das filmagens de A Árvore da Vida, em 2008, o montador brasileiro já estava escalado pelo veterano cineasta, que, apesar de ter inciado carreira nos anos 60, só realizou cinco filmes.
Curioso para assistir à versão final de A Árvore da Vida, que estreia no Brasil em 24 de junho, Rezende diz que Malick é "carinhoso" e "reservado". Nas palavras do montador, "ele me fez perceber o quanto ficamos automáticos em tudo que fazemos na vida".
Na cola de Meirelles, Daniel Rezende vai montar 360, novo filme do brasileiro, com Rachel Weiz e Jude Law no elenco. É possível que o montador acompanhe José Padilha, de Tropa de Elite, em sua estreia em Hollywood, na direção do remake de Robocop, mas ele desconversa, ao menos por enquanto.