Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Brooke Shields, de A Lagoa Azul, revela que sofreu assédio há 30 anos

História de Brooke Shields será retratada em documentário de duas partes do serviço de streaming Hulu

Redação Publicado em 15/03/2023, às 11h05

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Brooke Shields (Foto: Jon Kopaloff/Getty Images) e atriz em A Lagoa Azul (Foto: Reprodução/Columbia Pictures)
Brooke Shields (Foto: Jon Kopaloff/Getty Images) e atriz em A Lagoa Azul (Foto: Reprodução/Columbia Pictures)

Atriz de filmes como A Lagoa Azul (1980), Amor sem fim (1981) e Pretty Baby - Menina Bonita (1978), Brooke Shields revelou que sofreu assédio de executivo poderoso de Hollywood há 30 anos. Ela não revelou nome do agressor.

Atualmente com 57 anos, Shields conversou com People para falar sobre Brooke Shields: Pretty Baby, documentário de duas partes que "é um mergulho profundo na vida única dela, a jovem cujos papéis sexualizados a tornaram um assunto de fascínio, indignação e fenômeno cultural." A produção tem estreia marcada para 3 de abril de 2023, no serviço de streaming Hulu.

+++LEIA MAIS: A Lagoa Azul: Brooke Shields fala de nudez no filme: 'O mamilo era o limite'

Quando sofreu o assédio, a atriz tinha acabado de se formar na Universidade de Princeton e estava desempregada - esse foi "o ponto mais baixo da minha carreira." Porém, ela conseguiu jantar com um executivo de Hollywood, achava que "estava conseguindo um filme, um emprego," e ele a convidou para chamar um táxi do quarto de hotel. Lá, foi abusada. "Eu não lutei. Eu simplesmente congelei," disse no documentário.

"Ninguém vai acreditar em mim. As pessoas não acreditavam nessas histórias naquela época. Achei que nunca mais trabalharia," afirmou Brooke Shields. "Fazendo o documentário, você vê tudo junto, e é um milagre eu ter sobrevivido. Levei muito tempo para processá-lo."

Estou com mais raiva agora do que naquela época. Se você está com medo, você está com razão. São situações assustadoras. Eles não precisam ser violentos para serem assustadores.

+++LEIA MAIS: A Lagoa Azul: Brooke Shields comenta sexualização na adolescência: 'Tinha que manter minha mãe viva'

Mesmo sendo uma vítima, Shields se culpou: "Eu dizia: 'Eu não deveria ter feito isso. Por que subi com ele? Eu não deveria ter bebido no jantar.' Era muito fácil desassociar porque naquela época era coisa velha. Porque era uma escolha do tipo lutar ou fugir. Lutar não era uma opção, então você apenas deixa seu corpo. 'Você não está lá. Isso não aconteceu.'"

Sempre tive uma sensação de dissociação do meu corpo. Da minha sexualidade. Eu era principalmente uma garota da capa, então está tudo aqui," falou, indicando do pescoço para cima. "E era mais fácil me desligar. Eu era boa nisso."

A atriz contou sobre a situação para apenas uma pessoa: Gavin de Becker, amigo íntimo e ex-consultor de segurança. "Brooke viveu tanto tempo no julgamento dos outros, aos milhões, então foi doloroso vê-la julgar a si mesma. Também foi inspirador vê-la integrar a verdade como ela o fez," explicou ele.

+++LEIA MAIS: 40 anos de Lagoa Azul: Confira 5 curiosidades sobre o clássico da Sessão da Tarde