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Buraka Som Sistema e Antibalas são destaques da última noite do Abril Pro Rock

Festival contou ainda com Mundo Livre S/A e Otto; cerca de três mil pessoas compareceram ao Chevrolet Hall

Murilo Basso, de Recife Publicado em 23/04/2012, às 09h08 - Atualizado às 09h37

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Otto - Divulgação / Rafael Passos
Otto - Divulgação / Rafael Passos

Chegou ao fim na madrugada deste domingo, 22, a 20ª edição do Abril Pro Rock. E apesar de ter tido o menor público durante os três dias de festival – segundo a organização, cerca de três mil pessoas compareceram ao Chevrolet Hall – a última noite do APR contou com ótimos shows.

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Já passava da 1h quando o Buraka Som Sistema, atualmente formado por dois portugueses (J-Wow e Riot) e dois angolanos (Kalaf e Conductor), subiu ao palco. O grupo que se apresentou no Brasil no ano passado durante o Rock In Rio mesclou elementos eletrônicos com hip-hop e, usando apenas uma mesa de som – além de duas baterias e um vocalista –, transformou o Chevrolet Hall em uma verdadeira pista de dança. Destaque para canções como “Wawaba” e “We Stay Up All Night”, encerrando o festival da melhor maneira possível.

A noite contou ainda com os norte-americanos do Antibalas, trazendo seu afrobeat para o palco do Abril Pro Rock. O grupo não é pequeno: Martin Perna (saxofone), Amayo (vocal e percussão), Marcos Garcia (guitarra), Victor Axelrod (órgão), Jordan McLean (trompete), Eric Biondo (trompete), Stuart Bogie (saxofone), Aaron Johnson (trombone), Luke O'Malley (guitarra), Chris Vatalaro (bateria), Marcus Farrar (shekere), Nikhil P. Yerawadekar (baixo), Miles Arntzen (bateria) e Shihiro "Yoshi" Takemasa (percussão) formam a orquestra, que impressiona por sua interação ao apresentar o gênero criado pelo nigeriano Fela Kuti, morto em 1997.

Ainda no início da noite o Nada Surf fez um show competente, mas que soou fora de lugar no line-up do terceiro dia. Liderados pelo vocalista Matthew Caws e acompanhados por Doug Gillard, do Guided By Voices, e Martin Wenk, tecladista e trompetista do Caléxico, o grupo apresentou canções como "Happy Kid", "Clear Eyed Clouded Mind", "Hi-Speed Soul", "Always Love" e "Popular", mas não conseguiu romper a barreira do desinteresse de grande parte do publico presente.

Otto e Mundo Livre S/A

Os pernambucanos Otto e Mundo Livre S/A jogaram em casa e, claro, conquistaram os presentes. Com a música “TV a Cabo”, Otto relembrou sua primeira passagem pelo festival, 20 anos atrás, e durante a apresentação desceu do palco para cantar no meio do público. O músico também brincou: “Sei que a concorrência é grande, tem Chico Buarque, tem o Paul, mas também tem o Otto”, disse.

Gilmar Bola Oito, da Nação Zumbi, estava na plateia e acabou participando de "Da Lama Ao Caos" enquanto “6 minutos”, que encerrou a apresentação, contou com a participação de Ortinho. Já o grupo liderado por Fred Zero Quatro, completamente à vontade no palco, mesclou seus maiores sucessos, como “Computadores Fazem Arte”, “Expressão Exata” e “Musa da Ilha Grande” a canções de seu novo disco, Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa.