Target tomou decisão após iTunes vender versão digital de Channel Orange com exclusividade, mas foi acusada de preconceito pelo empresário do rapper
A decisão de vender digitalmente o álbum de Frank Ocean, Channel Orange, com uma semana de antecedência pode ter atrapalhado os planos do cantor. A Target, uma das maiores lojas dos Estados Unidos, anunciou a decisão de não comercializar o disco, segundo informou a MTV News.
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“Nós focamos em oferecer aos consumidores uma grande variedade de CDs físicos”, afirmou a companhia em comunicado oficial. “Então nossa seleção de lançamentos dá preferência aos CDs que saíram em sua forma física aos que foram antes lançados digitalmente.”
Mas a decisão criou polêmica, principalmente porque há uma semana o rapper declarou em carta aberta que o primeiro amor de sua vida foi um homem. “A Target se recusou a oferecer o álbum de Frank por causa da exclusividade do iTunes. Interessante, até porque eles doam para organizações que não defendem os direitos iguais”, tuitou, para excluir logo depois, o empresário do cantor, Christian Clancy.
A ironia de Clancy se refere a uma doação de US$ 150 mil que a loja fez em 2010 ao Minnesota Forward, grupo conservador que apoia políticos como Tom Emmer, candidato a governador que em mais de uma oportunidade criticou a união homossexual.
A Target, por sua vez, rejeitou tal motivo, e enfatizou que não há qualquer tipo de discriminação na decisão de não vender Channel Orange: “Nossa história de apoio à diversidade inclui parceria com diversos músicos como Ricky Martin, B.o.B., e Gloria Estefan.”