Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, o músico brasileiro discutiu sobre as polêmicas da produção da Netflix
Nesta quinta, 16, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma entrevista exclusiva, feita por e-mail, com Caetano Veloso.
Na matéria, o música conta mais detalhes sobre o novo disco Caetano Veloso & Ivan Sacerdote, já disponível nas plataformas digitais, e discute sobre as recentes polêmicas que envolvem o especial de Natal do Porta dos Fundos da Netlix: "Não estamos no Irã"
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Desde o lançamento de A Primeira Tentação de Cristo, o canal tem sido alvo críticas de vários grupos religiosos por retratar Jesus Cristo, interpretado por Gregório Duvivier, como homossexual.
A polêmica gerou um ataque com bombas caseiras à sede da produtora no Rio de Janeiro na véspera de Natal e o pedido do vice-premiê polonês para que o filme seja retirado do ar.
"Sou contra censura", explica Caetano.
"Lancei É Proibido Proibir em 1968, em plena ditadura militar. Adorei a atitude de Felipe Neto em relação ao desenho do beijo gay. Vi o Especial de Natal do Porta dos Fundos com atraso. Mas ri à beça. Os atores são muito bons e as cenas irresistíveis. Venho de uma família muito religiosa, mas sempre achei muita graça em humor blasfemo. Entendo que alguns devotos protestem".
"Mas censurar por razões religiosas, não: não estamos no Irã. O Estado brasileiro tem agora liberais anglo-americanos inspirando a economia, como pode querer tomar atitude de aiatolás?", completou.
Recentemente, a Justiça do RJ determinou que o Especial de Natal do Porta dos Fundos fosse retirado do ar, no entanto, o STF derrubou a medida provisória.
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