Filme dirigido por Baz Luhrmann e com trilha-sonora de Jay-Z já arrecadou US$ 50 milhões em bilheteria, mas teve recepção fria por parte dos jornalistas na abertura do festival de cinema francês
A chuva gelada na Croisette foi um prenúncio para a fria recepção que O Grande Gatsby, filme de abertura do Festival de Cannes, teve por parte da imprensa que acompanhou a sessão.
Prejudicada pelo uso do 3D, que não destacou efetivamente nenhuma cena, com exceção nas suspensões da neve no início e fim do filme, a produção promete algum sucesso de público, mais por seu elenco e menos pela estranha trilha pop com arranjos jazzy de Jay-Z. O filme estreia no Brasil dia 7 de junho e já acumulou mais de US$ 50 milhões em bilheteria nos Estados Unidos.
Dirigido por Baz Luhrmann, de Moulin Rouge - Amor em Vermelho (2001), e estrelado por Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e Carey Mulligan, a adaptação do romance de F. Scott Fitzgerald abriu os trabalhos do 66º Festival de Cannes.
DiCaprio, que interpreta Jay Gatsby, declarou em entrevista coletiva ser "fascinado pelo personagem, que lembra em muito um ícone americano, John Rockefeller, que viveu na mesma época retratada no filme". O ator definiu Gatsby: “Alguém com uma grande profundidade de sentimentos, sabendo que tem a mulher dos seus sonhos nas mãos e não sabendo como lidar com isso após lutar tanto”.
“Ele [Baz Luhrmann] o inspira todos os dias a sonhar grande. Faz você sentir que está fazendo parte de algo especial. Coisas que também são riscos a serem tomados, mas dentro do senso dramático proposto por Fitzgerald”, defendeu DiCaprio.
Sobre a trilha, o diretor explicou que escolheu Jay-Z porque o romance tem música em toda sua extensão. No livro, o jazz era a música afroamericana das ruas. “Hoje, a música afroamericana nas ruas é o hip-hop e considero o trabalho de Jay-Z importante e inspirado.”