Local registrou o maior número de vítimas do ataque terrorista da última sexta-feira, 13, em Paris
Nesta segunda-feira, 16, a casa de espetáculos parisiense Bataclan se manifestou pela primeira vez desde o ataque terrorista que deixou 89 mortos no local, no dia 13 de novembro, durante o show da banda Eagles of Death Metal.
Artistas prestam homenagens as famílias e as vítimas dos ataques terroristas em Paris .
O Bataclan foi o centro do mais dramático de uma série de atentados organizados pelo Estado Islâmico. Até aqui, no total, 129 pessoas foram mortas e muitas outras estão internadas em estado grave.
Eagles of Death Metal volta aos Estados Unidos após atentado durante show da banda em Paris.
Criminosos armados invadiram uma apresentação do grupo norte-americnao Eagles of Death Metal, projeto de Josh Homme, do Queens of The Stone Age, e de Jesse Hughes, do Fatso Jetson. Os atiradores dispararam a esmo nos espectadores e não cederam até até as forças do governo invadirem o local.
“Nenhuma palavra é suficiente para exprimir a amplitude do nosso pesar”, diz a nota escrita pela casa de shows. “Nossos pensamentos vão às vítimas, aos feridos e às pessoas próximas deles. São muitas as pessoas em busca de seus pertences no Bataclan. Infelizmente, as autoridades ainda precisam trabalhar no local. Nós os manteremos informados do que será possível retirar. Agradecemos pelo apoio que nos toca profundamente”, escreveu o estabelecimento pelo Twitter.
O Eagles of Death Metal é um grupo de rock com influências de blues formado na cidade Palm Desert, Califórnia, em 1998. No mês de outubro, a banda lançou o primeiro registro de inéditas em sete anos, Zipper Down. Apesar de ter participado das gravações do disco, Josh Homme toca pouquíssimo ao lado da banda em apresentações ao vivo. O músico norte-americano não estava no palco com o companheiro Jesse Hughes em Paris.
Após a tragédia, o Eagles of Death Metal optou por interromper uma turnê europeia na qual ainda faria shows em Tourcoing, no norte da França, na Bélgica, na Alemanha, na Suíça e na Holanda. A excursão estava prevista para acabar no dia 10 de dezembro após um espetáculo em Portugal.
Momentos depois do atentado, o Eagles of Death Metal escreveu pelo Facebook: “Ainda estamos tentando determinar o status de segurança e a localização de toda nossa banda e equipe. Nossas preces estão com todas as pessoas envolvidas na trágica situação”. Desde então, se revelou que o britânico Nick Alexander, que acompanhava os músicos vendendo produtos da banda, também foi morto. Bandas como U2, que se apresentariam na sequência em Paris, e Foo Fighters, em turnê na Europa, acabaram cancelando os seus compromissos.
Saiba mais sobre a tragédia em Paris:
O grupo jihadista Estado Islâmico divulgou neste sábado, 14, um comunicado no qual reivindica a autoria dos atentados em série que atingiram Paris, a capital da França, na noite de sexta, 13, deixando 129 mortos e ferindo mais de 352 pessoas. Este já é considerado o segundo maior ataque terrorista contra civis na história da Europa. As informações são de agências internacionais como CNN e AP.
No texto, enviado ao jornal Le Monde, o Estado Islâmico afirma que "os ataques são apenas o começo da tempestade". Veja a nota abaixo:
"Oito irmãos carregando coletes suicidas e armas automáticas alvejaram áreas no coração da capital francesa que foram especificadamente escolhidas antes: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha na qual François Hollande estaria presente; o Bataclan, onde centenas de idólatras estariam juntos em uma festa da perversidade; além de outros alvos no 10º, no 11º e no 18º arrondissements. A França e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo do Estado Islâmico. Alá lançou o terror contra seu coração. Paris é a capital da abominação e da perversão. Paris tremeu sob os pés dos terroristas. Este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
O comunicado, que tem um tom ameaçador, veio à tona alguns minutos após o presidente da França, François Hollande, afirmar que o grupo é o culpado pelos ataques. "É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista contra a França. É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com cumplicidade de dentro da França."