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Nova cinebiografia explorará vida turbulenta de Nico, colaboradora do Velvet Underground

Chamado Nico, 1988, o filme focará na turnê de 1987 e no vício em heroína da cantora, atriz e estrela de Andy Warhol

Rolling Stone EUA Publicado em 25/10/2016, às 17h01 - Atualizado às 18h14

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Lou Reed, Sterling Morrison, Nico, Ari, Moe Tucker e John Cale, clicados por Stephen Shore, parte da mostra <i>I Am a Cliché</i> - Stephen Shore
Lou Reed, Sterling Morrison, Nico, Ari, Moe Tucker e John Cale, clicados por Stephen Shore, parte da mostra <i>I Am a Cliché</i> - Stephen Shore

Frequentemente associada a Andy Warhol – ou então à breve participação realizada no disco de estreia de 1967 do Velvet Underground –, a cantora Nico ganhará uma cinebiografia.

Com direção da cineasta italiana Susanna Nicchiarelli, Nico, 1988 irá explorar a vida turbulenta e a carreira da alemã após ter conquistado certa fama nos anos 1960 como uma das superstars da Factory de Warhol e por atuar em filmes como La Dolce Vita, do celebrado diretor Federico Fellini.

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“A maioria das pessoas acha que, como Warhol disse, depois da experiência dela com a Factory e o Velvet Underground – e também depois de transar com a maioria dos músicos da época –, Nico se tornou ‘uma drogada irrecuperável’ e desapareceu”, disse Nicchiarelli em comunicado. “Mas será que foi esse o rumo que a vida dela tomou?”

O filme se passará em 1987, um ano antes da morte da cantora. Com 48 anos na época, Nico (que no longa-metragem será interpretada pela atriz holandesa Trine Dyrholm) amargurava o vício de longa-data em heroína enquanto realizava uma turnê solo pela Europa. Apoiada pelo novo empresário e pelo filho dela, a intérprete e compositora busca ficar “limpa” de todas as maneiras à medida que a expedição europeia se desenrola.

O roteiro de Nico, 1988 foi baseado em entrevistas com Ari (filho da cantora), Nico e Alan Wise (empresário dela em 1987). “Todo o filme foi construído em cima das inspirações de Nico: as apresentações ao vivo e as letras das canções dela”, declarou a diretora em entrevista à Rolling Stone EUA. “Isso diz mais do que qualquer outro diálogo ou situação dentro do filme.”

Nico contribuiu como vocalista em três faixas da estreia do Velvet Underground, The Velvet Underground & Nico (1967), são elas: “Femme Fatale”, “All Tomorrow’s Parties” e “I’ll Be Your Mirror”. Depois de deixar a banda no mesmo ano do lançamento do álbum, a cantora se lançou como artista solo, divulgando seis álbuns nos 18 anos posteriores.