Produção estreou este mês na Globo, com Jesuíta Barbosa e Patrícia Pillar, entre outros, completando o elenco
Uma cidade brasileira fictícia serve de casa para a adaptação da roteirista Manuela Dias para o clássico livro francês Ligações Perigosas, que virou a minissérie homônima da Rede Globo que estreou em 4 de janeiro. “O livro do [Choderlos de] Laclos é de 1782, época imediatamente anterior à Revolução Francesa, um momento de ruptura social e mudança de costumes”, explica Manuela, que deslocou o enredo para os anos 1920, época “de muita transformação e da inserção da mulher no mercado de trabalho.”
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Os dez capítulos de Ligações Perigosas exploram a história mais profundamente do que adaptações audiovisuais anteriores – a roteirista cita 11, sendo a mais famosa a de 1988, estrelada por John Malkovich e Glenn Close. “Tem tempo [suficiente] para absorver a complexidade da trama. Minha ideia foi justamente explorar as curvas de emoção dos personagens, os detalhes do enredo.”
Com direção geral de Vinícius Coimbra, a minissérie tem como ponto principal a viúva Isabel D’Ávila de Alencar (Patrícia Pillar), amante do comerciante rico e solteiro Heitor Damasceno (Leopoldo Pacheco). Além de Patrícia e Pacheco, Ligações Perigosas conta com Alice Wegmann (Cecília, a sobrinha de Isabel), Selton Mello (o bon-vivant Augusto de Valmont), Jesuíta Barbosa (o professor de música Felipe) e Marjorie Estiano (Mariana).
“Felipe é muito respeitoso como professor e amante”, diz Barbosa, cujo personagem tem um romance com Cecília – uma aluna. Amigo de Felipe, Augusto é ex-amante de Isabel e aparece para seduzir Mariana, que fi ca dividida com a situação por ser casada. “Mariana se apaixona e esse sentimento percorre um caminho dentro dela”, conta Marjorie, responsável por vivê-la na trama. “Passa por negação, rejeição, entrega e perda. É uma luta interna que revela o quanto não temos controle sobre nós mesmos.”