Quarteto veterano dos anos 1970 faz duas apresentações no país esta semana, em Vila Velha e Brasília
A banda escocesa Nazareth está novamente em nosso território, desta vez para duas apresentações. Uma acontece na noite desta terça, 24, na Área de Eventos do Shopping Vila Velha (Vila Velha, Espírito Santo) e a outra será realizada em Brasília, no Net Live, na quarta, 25. Apesar de velhos conhecidos do público brasileiro, eles ainda se sentem como desbravadores, de acordo com Pete Agnew, baixista, fundador e agora o único integrantes da formação original do grupo. “Antes, nós íamos muito para locais como São Paulo e Paraná. Agora, estamos explorando outros locais. Desta vez será assim”, conta.
O Nazareth está há quase 50 anos na estrada. A banda apareceu em 1968, no momento em que o psicodelismo começava a se juntar ao blues e à soul music. Nos anos 1970, caiu de cabeça no hard rock, mas sempre procurou manter o groove. Na metade daquela década, emplacou hits como a power ballad “Love Hurts” e clássicos como “Hair of The Dog” , "Holy Roller" e "Razamanaz", que até hoje se fazem presentes na programação de rádios de classic rock. Agnew diz que ainda se sente surpreso com a longevidade que conseguiram “Nunca pensei que estaríamos aí por tanto tempo. Eu pensei que iríamos durar apenas uns cinco anos”, admite.
Ele tenta explicar o sucesso da banda: “Nós fazemos um som consistente. Apesar das mudanças na formação, os músicos substitutos são sempre de primeira linha”, crava. “O Nazareth também sempre primou pela versatilidade e todos nós ouvimos um pouco de tudo. Eu, por exemplo, sempre fui ligado em Elvis Presley, Motown e também no som dos nossos colegas da década de 1970. Isso fica evidente em tudo que fazemos.”
Desta vez, o Nazareth vem ao Brasil com uma novidade, em relação à passagem anterior: Carl Sentance, atualmente no lugar do vocalista Dan McCafferty, que esteve desde o começo e saiu em 2013. McCafferty ficou doente já não conseguia lidar com a maratona de show do Nazareth, de forma que optou por deixar a banda. Linton Osborne tomou conta dos vocais em 2014 e durante parte de 2015. Depois, cedeu o posto a Sentance. Agnew garante que foi uma transição tranquila e que trabalhar com Sentance deu um novo vigor ao grupo. “O importante é que Carl não veio imitando o estilo do Dan. Ele apareceu com ideias próprias e um jeito muito peculiar de dar vida aos nossos velhos clássicos. Ele é muito talentoso, além de ser um cara legal. Por isso, até parece um novo começo.”