A banda californiana fez um show barulhento e explosivo na última terça, 17
A banda californiana Wavves, liderada pelo vocalista e guitarrista Nathan Williams, se apresentou em São Paulo na última terça, 17, no Fabrique Club. A abertura ficou por conta da BRVNKS, projeto de Bruna Guimarães, que provou ter sido a escolha perfeita para aquecer a plateia e já preparar todo mundo para a atração principal.
Williams, Alex Gates (guitarra), Stephen Pope (baixo) e Brian Hill (bateria) subiram ao palco provocando gritos de empolgação e, desde o momento em que os primeiros acordes foram tocados, até o momento em que os instrumentos foram deixados no chão, os fãs se mostraram incansáveis. Apesar de não terem atingido a capacidade máxima da casa, as pessoas preencheram os espaços vazios da pista com movimentação digna de um show punk, além de demonstrarem um enorme fanatismo pelas composições do grupo.
Leia nossa entrevista exclusiva com Nathan Williams, vocalista e guitarrista do Wavves
As vozes que vinham do público acompanharam sem descanso todo o setlist, que percorreu desde a antiga "So Bored", até as mais novas "You're Welcome" e "Million Enemies". As faixas foram escolhidas a dedo, com sucessos seguidos de sucessos, mas sem dúvida as que mais extraíram suor e exigiram força das cordas vocais da plateia foram as músicas "King Of The Beach", "Demon to Lean On", "Take on The World" e "Green Eyes", que serviu como encerramento da apresentação.
Pessoas subindo e se jogando do palco e bate-cabeças arrancavam sorrisos de "missão cumprida" dos integrantes, enquanto eles tocavam agressivamente seus respectivos instrumentos, ligados a amplificadores que bombeavam acordes distorcidos por todo o ambiente. Mantendo a postura de músicos de garagem, eventuais erros e deslizes ou passavam despercebidos em meio à muralha de sons, ou apenas eram abraçados e aceitos pela banda. Williams, entre músicas e goles de uma garrafa de whisky, conversou bastante com a plateia, e até chegou a fazer uma proposta de casamento para quem se interessasse, mostrando-se claramente confortável no palco e também se jogando dele.
Atrás do Wavves, um telão exibiu durante todo o show animações genéricas e aleatórias, que em muitos momentos lembravam descansos de tela e não apresentavam conexão alguma com o ritmo ou com a ambientação das músicas, sequer exibindo o nome da banda. Apesar desse fator, Nathan Williams e companhia fizeram um show digno do nome que carregam, com energia inesgotável e a sonoridade explosiva e barulhenta que era de se esperar.