O grupo The Commodores relembrou balanços e baladas em show nesta quinta, 5, em São Paulo
Quem viveu os anos 70 e 80 sabe o quanto o grupo The Commodores foi popular. Mas como acontece com todo artista veterano, a carreira deles sofreu com a saída de vários membros e mudanças no gosto popular. Para o The Commodores, o golpe mortal foi a partida de Lionel Richie no começo dos anos 80. Mas o grupo nunca pendurou as chuteiras e recentemente comemorou seus 40 anos de existência em plena atividade - e relembrou os velhos tempos em show na Via Funchal na noite de quinta, 5.
O The Commodores já tinha passado pelo Brasil em 1990, mas pouca gente se lembra. Walter Clyde Orange e William King são os dois únicos membros fundadores. Já James Dean "J.D." Nicholas, que fez parte da banda inglesa de soul Heatwave, entrou em 1982 para substituir Richie. É essa trinca que hoje em dia comanda o The Commodores. Esses três, mais o resto dos músicos, que são chamados The Mean Machine, fizeram um bom show. A banda não perdeu o entusiasmo mesmo com o público relativamente baixo que compareceu ao local.
Como era de se esperar, baladas como "Three Times A Lady", "Still" e "Easy" (mais conhecida pela nova geração na versão do Faith No More, que se apresenta neste sábado em São Paulo) foram muito festejadas pelo público. Mas para mostrar que o soul e o legítimo funk são as verdadeiras razões da existência da banda, eles atacaram com muita vontade "Machine Gun", "Brick House" e "Lady (You Bring Me Up)".
No final teve a balançada "Nightshift", lançada em 1985, o maior hit que o The Commodores teve depois da saída de Richie. A canção, que homenageia os falecidos Marvin Gaye e Jackie Wilson, ganhou um verso a mais para prestar tributo a Michael Jackson. Teve tudo a ver já que, em seu começo de carreira na gravadora Motown, o The Commodores abriu inúmeros shows para o Jackson Five.