Vocalista do Guns N' Roses, Axl Rose completa 62 anos nesta terça-feira, 6 de fevereiro - confira momento icônicos do cantor
Quando o Guns N' Roses realizou residência em Las Vegas, em 2012, parecia que o início do fim da 'banda mais perigosa do mundo" estava acontecendo. Ledo engano. Axl Rose não deixou a peteca cair de vez e conseguiu dar a volta por cima, devolvendo respeito ao grupo e o fazendo lotar estádios pelo mundo ao se reunir com Slash e Duff McKagan.
Nesta terça-feira, 6, Axl Rose completa 62 anos e, para celebrar o aniversário do vocalista, apontamos alguns momentos que provam que ele e o Guns N' Roses continuam relevantes para a música, em especial para o rock, mesmo sem lançarem um álbum de inéditas há mais de 15 anos. Confira:
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A grande jogada de Axl Rose foi fazer as pazes com o passado, com o seu eu interior e resolver as diferenças com o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan em 2016. Com os integrantes clássicos de volta ao time e longe de tretas, o Guns N' Roses reconquistou a posição que um dia já foi deles: a de uma das maiores bandas de rock do planeta.
Com o Guns N' Roses lotando estádios pelo mundo após os integrantes se reconciliarem, a turnê Not In This Lifeitme... Tour foi eleita a segunda mais rentável da história da música em 2018, arrecadando US$ 562 milhões (cerca de 3 bilhões de reais) e ficando atrás apenas da turnê 360º, do U2, segundo pesquisa feita pela Pollstar.
Em 2019, Ed Sheeran alcançou a primeira posição com a turnê Divide, e o Guns caiu para o terceiro lugar.
Em 2016, Axl Rose segurou as pontas para que o AC/DC pudesse finalizar a turnê Rock or Bust World Tour. O vocalista do Guns foi convidado a substituir Brian Johnson, que teve problemas auditivos e precisou se afastar da banda imediatamente. Quem viu Axl interpretando hits como "Highway to Hell", "Back in Black" e "Thunderstruck", aprovou a performance.
Nos últimos anos, Axl Rose reascendeu a chama de roqueiro contestador e se tornou um crítico assíduo ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Pelo Twitter, o cantor chamou o político de "repulsivo" e arrumou treta virtual com o Steven Mnuchin, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos.
Lamestream media ISN’T doing everything within their power 2 foment hatred n’ anarchy, that’s U! As long as we get what Ur doing, that Ur FAKE NEWS n’ a truly bad, repulsive excuse 4 a person w/a sick agenda, we can work past U w/whatever it takes 2 a better, stronger future!!
— Axl Rose (@axlrose) June 1, 2020
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"Home", do grupo Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, emula o espírito da liberdade e do amor. "Minha casa é onde quer que eu esteja com você", diz a letra. O assobio lembra as geniais trilhas que Ennio Morricone fazia para os filmes de caubóis. Bebendo dessa fonte, não tinha como errar.
O rapper Flo Rida acertou em cheio na sua mistura de rap com pop. O culpado: o assobio, que inclusive dá nome à canção: "Whistle". A faixa foi lançada no disco Wild Ones, em julho de 2012. Você pode não gostar do resto, mas é impossível resistir a esta aqui.
"Twisted Nerve" foi criada pelo norte-americano Bernard Herrmann para o filme de mesmo nome – que aqui ganhou a tradução de A Morte Tem Cara de Anjo, de 1969. Talvez você nunca tenha visto esse thriller, mas o que importa é que Quentin Tarantino viu e inseriu a música em Kill Bill.
Pela primeira, e talvez única, vez na história do Guns N' Roses, um assobio levou vantagem sobre o guitar hero Slash. Impossível não reconhecer "Patience" logo nas primeiras notas de Axl Rose, esta balada de seis minutos de duração que desacelerava as batidas por minuto usuais da banda.
Precisávamos trazer um pouco de pop contemporâneo nesta lista. E aqui está, com "Moves Like Jagger", um hit instantâneo de Maroon 5, com a participação de Christina Aguilera. A faixa "grudou" por onde passou.
"Young Folks" veio apenas no terceiro disco da banda sueca indie Peter Bjorn and John, Writer's Block, quando eles já tinham sete anos de estrada. Até então, eles não tinham conseguido chamar tanta atenção, apesar dos bons dois primeiros discos. Veio o single e a banda estourou. Graças, é claro, ao assobio da música. A faixa ficou tão imensamente popular que o grupo passou um bom tempo "brigado" com ela.
"Wind of Change" foi escrita por Klaus Meine, vocalista da banda alemã Scorpions, justamente no período em que o mundo vivenciava grandes mudanças socioeconômicas e culturais com o fim da Guerra Fria e por isso traz toda a carga dramática da época. A faixa foi lançada no disco Crazy World, de 1990.
Não poderíamos deixar os brasileiros fora dessa lista. E, dentre eles, Gilberto Gil, com seu molejo e musicalidade únicos, fizeram de "Esotérico" um clássico. Influenciado pelo reggae, Gil lançou Um Banda Um, em 1982. O assobio transpira tranquilidade e gruda no ouvido.
Chegamos aqui aos entre grandes pesos-pesados do universo das músicas com assobios – esta, a próxima e última. Bobby McFerrin consegue emular, com "Don't Worry, Be Happy" toda a mensagem da música – viver uma vida sem preocupações e ser feliz – com essas poucas notas assopradas. Impossível não sorrir depois dessa.
Por fim, o mestre dos assobios. Em nenhuma outra, esse conselho é tão apropriado: pense muito bem antes de clicar no player ao lado. Saiba que provavelmente seu cérebro será dominado pelo assobiar de "Love Generation", de Bob Sinclar, mais do que será envolvido pela bela e rouca voz de Gary Pine, do The Wailers. É sério.
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