Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Como clássico dos Beatles ajudou Caetano Veloso ter esperança na prisão pela ditadura militar: ‘Anúncio de libertação’

Cantor contou a história no documentário Narciso em Férias

Redação Publicado em 14/09/2020, às 08h49

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Caetano no trailer de Narciso em Férias (Foto: Divulgação/UNS produções)
Caetano no trailer de Narciso em Férias (Foto: Divulgação/UNS produções)

O documentário Narciso em Férias, que conta o período de quando Caetano Veloso foi preso pela ditadura militar brasileira, estreou no Brasil e nele, o cantor revelou como clássico dos Beatles o ajudou a ter esperança durante prisão (via Gshow). Ele definiu o suporte da música como "anúncio de libertação".

Vale lembrar que o documentário está disponível no Globoplay e foi selecionado para o 77º Festival de Veneza. Quando foi preso, em 1968, Caetano estava no apartamento situado em São Paulo e foi levado ao Rio de Janeiro pelos militares, onde passou por momentos conturbados. Durante determinado momento de Narciso em Férias, o artista falou de como "Hey Jude", dos Beatles, serviu  como recuperação do otimismo dele.

+++LEIA MAIS: Caetano Veloso relembra época da prisão: 'Parecia que nunca mais eu ia sair'

"Eu fiquei muito supersticioso e, [em um determinado momento], eu voltei a acreditar na vida que eu tinha lá fora", constatou. "Alguns soldados tinham rádio de pilha e, às vezes, eu ouvia a música que estava tocando".

Caetano também falou de superstições, como por exemplo: "Eu tinha medo de barata, por exemplo, e aparecer uma era um sinal horrível de mau agouro, más notícias no futuro". Também tinham "as canções que tocavam, algumas podiam ser negativas e positivas". "Hey Jude", por exemplo, era uma das músicas positivas.

+++LEIA MAIS: A vez em que Nirvana e Kurt Cobain jogaram futebol com um grupo de strippers

"Quando tocava, era sinal de que ia melhorar minha situação. Os portões iam se abrir, a luz ia ser vista de novo", explicou. "Aquele final, com aquele coral repetido, os acordes maiores.. eu tomava aquilo como sendo um anúncio de coisas boas. Me dava a impressão de anúncio de libertação".


+++ BK' lança novo disco e fala sobre conexão com o movimento Vidas Negras Importam: 'A gente sabia que ia explodir'