Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Como Michael Jackson conseguiu os direitos das músicas dos Beatles?

Tudo começou com um acordo feito entre John Lennon e Paul McCartney em 1963

Redação Publicado em 18/08/2019, às 18h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
George Harrison e John Lennon (Foto:AP Photo/Arquivo)
George Harrison e John Lennon (Foto:AP Photo/Arquivo)

Quando os Beatles começaram em 1963, ninguém conseguiria imaginar que milhões de pessoas saberiam suas canções 56 anos depois. Mas aqui estamos nós.

Se você der play no The White Album ou Revolver, é possível que você consiga cantar pelo menos metade das músicas. E devemos tudo isso aos gênios John Lennon e Paul McCartney. É claro, com as ilustres contribuições de George Harrison e Ringo Starr

+++ LEIA MAIS: Abbey Road ou Let It Be? Qual foi o último disco dos Beatles?

No entanto, quando os Beatles lançaram seus primeiros álbuns, Lennone McCartney perderam o controle da maioria dos próprios direitos de publicação. É uma história confusa só teve fim décadas depois e Michael Jackson detendo os direitos. 

+++ LEIA MAIS: Documentário 'Chase The Truth' defende Michael Jackson de acusações de abuso sexual; assista ao trailer

Tudo começou com um acordo mal feito entre Lennon e McCartney em 1963. Ao visualizarmos o acordo assinado pela dupla, ficou claro que não foi por acaso que a dupla ficou sem os direitos das próprias músicas. O acordo deu ao editor Dick James uma participação de 50% na empresa, a Northern Music, enquanto Lennon e McCartney mantiveram 20% cada.

+++ LEIA MAIS: Por que John Lennon não aceitou criar nova banda com George Harrison depois dos Beatles?

Mas esse não foi o único aspecto ruim da negociação. O acordo também incluia todas as músicas que eles escreveriam até 1973. Quando os Beatles terminaram em 1970, eles tiveram que descobrir uma maneira de quebrar esse contrato. 

Afinal, os quatro integrantes estavam prestes a embarcar em carreiras solo. A última coisa que alguém precisava era de um contrato ruim de publicação.

Mas para isso, os Beatles teriam que vender a parte restante do negócio. Então, Lennon e McCartney se esgotaram e foram para a carreira solo sem o controle do imenso repertório Lennon-McCartney dos dias de Beatles.

Nos anos 1980, Lennon havia falecido e McCartney ainda era um artista de gravação querido pela crítica e fãs independente do que ele estivesse fazendo. Naturalmente, ele precisou trabalhar com o rei do pop da época, Michael Jackson.

De acordo com relatos de sua colaboração em "Say Say Say", McCartney conversou com Michael sobre o valor de possuir direitos da canção. 

Jackson ouviu atentamente e em breve agiu. Em 1985, os direitos do songbook de Lennon-McCartney (e muitos outros) foram para um leilão público. O Rei do Pop chegou e comprou a coleção de 4.000 canções (incluindo 250 de Paul e John) por US $ 47,5 milhões.

Paul não ficou feliz com o resultado e demorou mais de 30 anos para ele finalmente conseguir o controle de algumas dessas músicas de volta.

+++ LISTA: 13 segredos de 'Ladrão', o terceiro disco do Djonga e um dos melhores de 2019