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Como Michael Jackson tentou comprar ossos do Homem-Elefante - e ganhou imagem de 'esquisitão' por isso

O Rei do Pop ficou fascinado com a história de John Merrick nos anos 1980

Larissa Catharine Oliveira | @whosanniecarol Publicado em 29/03/2020, às 10h00

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Michael Jackson (Foto: Allen / Media Punch / IPX)
Michael Jackson (Foto: Allen / Media Punch / IPX)

Nos anos 1980, Michael Jackson ficou fascinado com a história do "Homem-Elefante" e teve a ideia para um “truque publicitário” envolvendo os restos mortais da figura. A divulgação dos rumores teve efeito contrário ao planejado, e o artista ganhou o apelido de “Wacko Jacko” (Jacko louco, em português) nos tabloides britânicos.

Segundo a biografia A Magia e a Loucura (2005), de J. Randy Taraborelli, Jackson assistiu ao filme Homem-Elefante, de 1980, estrelado por John Hurt, e se identificou com a história. Baseado na vida de John Merrick, que viveu como atração em shows de aberrações em circos no século 19, devido deformações de nascença, a produção mostra a busca de um homem gentil por afeição além das aparências.

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Interessado pela história, Jackson conseguiu autorização especial da Faculdade de Medicina do Hospital de Londres para visitar os restos mortais de Merrick, retirados da exposição pública após o sucesso do filme. “Eu com certeza gostaria de ter esses ossos na casa e Hayvenhurst. Não seria legal ser o dono deles?”, comentou Jackson com o empresário Frank DiLeo.

Apesar dos protestos de DiLeo, Jackson insistiu na ideia de vazar uma história sobre o interesse em comprar o esqueleto do Homem-Elefante para um museu pessoal. O empresário concordou com o “truque publicitário” e, ao convocar jornalistas para dar o furo, enfatizou a consciência do cantor com o “significado ético, médico e histórico” da persoangem.

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Quando a notícia se espalhou, a Faculdade negou ter recebido propostas de Jackson. Com a veracidade da informação em cheque, o artista decidiu seguir em frente com a transação. “Agora temos de fazer uma oferta real. E, de qualquer modo, é claro que eles vão vender se for a quantia certa. Todo mundo tem seu preço”, insistiu com DiLeo.

O Rei do Pop fez uma oferta inicial de US$ 500 mil e dobrou o valor para US$ 1 milhão após a primeira recusa. A Faculdade de Medicina do Hospital de Londres rejeitou novamente a proposta. “Temos a forte sensação de que seria bastante errado, em termos éticos, vender os restos mortais de John Merrick por dinheiro. Estamos sempre desesperados por fundos de pesquisa e quantias desse tamanho são atraentes, mas não estamos no negócio de vender os restos mortais”, afirmou o secretário David Edwards à Associated Press.

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Apesar da história ter começado para ser uma jogada de marketing favorável ao Rei do Pop, o astro seguiu com o apelido de Wacko Jacko nos tabloides pelo resto da carreira. Jackson voltou a citar o episódio no clipe de “Leave Me Alone”, single do álbum Bad (1989). No vídeo, o cantor dança ao lado da animação do esqueleto do Homem Elefante e critica a imprensa.


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