Décadas após ser intimado a deixar os EUA, John Lennon serviu de inspiração para programas governamentais
No início da década de 1970, John Lennon foi intimado a deixar os Estados Unidos. O ex-beatle tinha virado um alvo do então presidente norte-americano Richard Nixon após se envolver com movimentos políticos e demonstrar oposição ao governo, segundo o Ultimate Classic Rock.
Nixon sabia que a reeleição não seria fácil, considerando a decisão histórica de deixar os jovens de 18 anos votarem pela primeira vez nas eleições e a influência de Lennon - que planejava acompanhar os eventos do candidato e boicotá-los com shows mais chamativos.
+++ Quando John Lennon percebeu que era o fim dos Beatles?
Então, o músico britânico se tornou alvo do FBI e tentou ganhar imunidade diplomática ao anunciar a criação de um país conceitual. Mas o grande responsável por garantir a permanência de Lennon nos EUA foi o advogado Leon Wildes, segundo a Billboard.
Ao perceber inconsistência nos casos de deportação, Wildes deu início a um processo a partir da Lei de Liberdade de Informação. No final, eles venceram o caso e, mais tarde, Lennon recebeu autorização para viver no país.
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O caso de deportação entrou para a história. De acordo com a Billboard, ele serviu de base para Barack Obama criar o programa Daca - Deferred Action for Childhood Arrivals, o qual concede vistos temporários para pessoas que chegaram ilegalmente nos EUA durante a infância, segundo o G1.
Em 2017, o governo de Donald Trump anunciou a suspensão do programa, mas um juiz federal determinou a restauração dele em 2020. Agora, no governo de Joe Biden, o Daca pode ser integrado em uma nova reforma para legalizar imigrantes no país, de acordo com o Estadão.
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