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Como surgiu 'I Am the Walrus', uma das músicas mais psicodélicas dos Beatles?

A canção escrita por John Lennon foi lançada em 1967 no disco Magical Mystery Tour

Redação Publicado em 02/04/2020, às 07h30

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John Lennon em 1972 (Foto: AP Images)
John Lennon em 1972 (Foto: AP Images)

“I Am The Walrus”, canção dos Beatles incluída no disco Magical Mystery Tour(1967), é uma das mais psicodélicas da banda. Apesar dos créditos serem de Paul McCartney e Lennon, apenas John Lennon escreveu a canção - e a inspiração dele foi peculiar.

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Apesar de ser reconhecida como uma das faixas de introdução do uso de LSD na banda, “I Am The Walrus” remete à escola de Lennon. Um aluno da antiga escola do músico, enviou a ele uma carta dizendo que o professor estava analisando as letras dos Beatles. A carta divertiu o astro e o inspirou a escrever uma das músicas mais confusas e de análise praticamente impossível.

Em uma mistura de referências pessoais, Lennon pegou o trecho que ele e o amigo costumavam cantar quando crianças: "Creme de massa amarela, torta verde / Tudo misturado com o olho de um cachorro morto". Durante a composição da canção, ele diz: "Deixe os filhos da puta resolverem isso". 

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Na letra, o  "homem ovo" se refere ao amor de John Lennon por Alice no País das Maravilhas, no qual Humpty Dumpty aparece.

Em entrevista à Playboy, o astro falou sobre a inspiração para a música: “A primeira linha foi escrita em uma viagem de ácido em um fim de semana. A segunda linha foi escrita na próxima viagem ácida no fim de semana seguinte e foi preenchida depois que conheci Yoko”. 

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Ele continuou: “Vi Allen Ginsberg e outras pessoas que gostavam de Dylan e Jesus falando sobre Hare Krishna. Era Ginsberg, em particular, a que eu estava me referindo. As palavras 'pinguim elementar' significava que é ingênuo simplesmente cantar Hare Krishna ou colocar toda a fé em um ídolo”.

O músico também foi questionado sobre o personagem da morsa, uma vez que “I Am The Walrus” significa “Eu sou a morsa” em português. Segundo ele, o animal foi tirado de do poema de Lewis Caroll 'The Walrus and The Carpenter'. 

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No entanto, o astro não percebeu quando o animal virou o vilão: "Pensei: ‘Oh, merda, escolhi o cara errado. Deveria ter dito: 'Eu sou o carpinteiro'. Mas isso não teria sido o mesmo, seria? [Canta, rindo] Sou o carpinteiro”.

Apesar de ser considerada uma das letras mais confusas dos Beatles, ela teve uma motivação: brincar com o público e a crítica.

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