A faixa entrou no disco The Dark Side of the Moon (1973)
"The Great Gig in the Sky", música do disco The Dark Side of the Moon (1973), do Pink Floyd, virou um clássico da banda. O que torna a faixa tão especial, como relembra o Far Out Magazine, é a presença do vocal de Claire Torry.
Antes da canção oficial ser lançada, o grupo testou diferentes efeitos sonoros, no entanto, não gostavam completamente do resultado. Pouco antes do álbum precisar ser entregue à Harvest Records, o Pink Floyd decidiu colocar uma voz feminina na música.
+++LEIA MAIS: Pink Floyd: afinal, como foi a briga entre Roger Waters e David Gilmour
Assim, o engenheiro de som Alan Parsons sugeriu que a banda deveria chamar Torry, com apenas 25 anos na época, com quem tinha trabalhado anteriormente. Parsons marcou uma sessão com a artista para testar a voz dela na faixa do grupo de rock.
Como pontua o FOM, os integrantes pediram para a jovem pensar "sobre morte e terror" e improvisar sobre a música. Claire fez duas tomadas completas, e a segunda foi a mais emocionante de todas. A cantora se recusou a gravar uma terceira, no entanto, por achar o processo repetitivo.
+++LEIA MAIS: A mensagem secreta para Syd Barrett incluída The Wall pelo Pink Floyd
Ao sair do estúdio, Torry pensou que a banda não usaria os vocais dele. Ela só reparou que apareceu no disco quando achou o disco em uma loja e viu o próprio nome nos créditos. No final, o Pink Floyd juntou todas as tomadas gravadas pela cantora e introduziu na canção.
Em entrevista, Claire comentou sobre a colaboração: “Eu entrei, coloquei os fones de ouvido e comecei a dizer 'Ooh-aah, baby, baby - sim, sim, sim'. Eles disseram: 'Não, não - nós não queremos isso. Se quiséssemos, teríamos Doris Troy'. Então, falaram: 'Tente algumas notas mais longas'. Então comecei a fazer isso um pouco. Todo esse tempo, eu estava ficando mais familiarizado com a trilha de apoio”.
+++ LEIA MAIS: Como o Pink Floyd mudou o rock and roll com o primeiro disco da carreira
Ela completou: "Foi quando eu pensei: ‘Talvez eu deva apenas fingir que sou um instrumento’. Então eu disse: ‘Comece a faixa novamente’. Alan Parsons conseguiu um som adorável na minha voz: eco, mas não muito eco. Quando fechei os olhos - o que sempre fiz - estava tudo envolvente; um adorável som vocal, que para um cantor, é sempre inspirador".
Ouça "Great Gig In The Sky":
+++ BK' lança novo disco e fala sobre conexão com o movimento Vidas Negras Importam: 'A gente sabia que ia explodir'