Com ritmos dançantes e letras honestas, a cantora foi indicada a três prêmios
A categoria Artista Revelação do Grammy trouxe à luz nomes como Dua Lipa e Billie Eilish nas duas últimas edições do prêmio. Em 2021, uma das indicadas é Ingrid Andress, cantora country de Michigan, nos Estados Unidos.
Andress impressionou com seus singles, disco de estreia e com a mistura de pop e country em suas canções. Conheça um pouco da trajetória da cantora, dos campeonatos de A Cappella na faculdade até uma das maiores premiações da música.
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Ingrid não foi descoberta, não teve um hit na Billboard e não acumulou discos até chegar a indicação do Grammy. A cantora é formada em composição e performance pela Berklee College of Music, uma das melhores faculdades de música do mundo, e lançou apenas um álbum: Lady Like (2020).
Depois de terminar a graduação e participar de competições de A Cappella, Ingrid se mudou para Nashville, um dos centros de música e composição dos EUA. Começou a escrever letras para artistas como Alicia Keys, Charli XCX e Sam Hunt.
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Como explicou em entrevista à Rolling Stone Brasil, a cantora acredita no poder de contar histórias e ser o mais honesta possível nas letras. É um dos motivos de se expressar no country: é um gênero aberto à narração. Muito do pop é divertido, mas as letras não retratam a vida real: “A maior parte de nós não mora em Hollywood Hills, o country fala sobre assuntos de verdade.”
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Em 2018, Andress assinou com a gravadora Warner Nashville e, no ano seguinte, estreou com o single “More Hearts Than Mine”, sucesso nas listas da Billboard Hot Country Songs e Country Airplay. Em março de 2020, lançou Lady Like, primeiro disco, e alcançou o topo da Billboard Emerging Artists.
Andress tem uma modéstia diferente em suas músicas. As letras não são poéticas ou difíceis de entender, os instrumentais não são inovadores. Ela busca um tom de conversa nas canções. Mas, a honestidade, intimidade e facilidade de conexão impressionam e preenchem o lugar dos sons comuns.
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O processo de composição de Lady Like começou no quarto de Andress, e ela se impressiona com a dimensão e a atenção recebida pelas canções.
A mãe de Andress é muito fã de John Denver, e Ingrid cresceu ouvindo as músicas do cantor country. Hoje, considera-o uma das maiores inspirações e se impressiona como transcendeu estilos musicais.
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Outra influência da artista foram as Dixie Chicks, hoje conhecidas como The Chicks. “Adorava a atitude delas e como contavam histórias por meio da música,” explicou. Whitney Houston e Stevie Wonder também moldaram Andress. Artistas de soul, gospel e jazz ensinaram como mexer com acordes de maneira inusitada e dar um tom comovente à voz.
Aos 29 anos, Ingrid foi indicada a três Grammys:Artista Revelação, Melhor Música Country e Melhor Álbum Country. O nome da artista aparece pela primeira vez em uma premiação dessa importância, e ela não conseguiu acreditar quando soube.
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Na categoria de Artista Revelação, Ingrid disputa o prêmio com Phoebe Bridgers, Noah Cyrus, Megan Thee Stallion, Doja Cat, D Smoke, Chika e Kaytranada. Andress é grata por participar do grupo e tem Thee Stallion, em especial, como grande inspiração. “Ela fez tanto por esse país culturalmente. Só de ter sido indicada com ela, não preciso ganhar. Ter sido associada a ela foi incrível.”
Depois de 2020, um ano em geral bastante negativo, Ingrid teve pelo menos um motivo para agradecer. Toda essa experiência relembrou a cantora de como a vida sempre tem aspectos positivos e negativos, e fica feliz por experienciar tudo isso.
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