Diversas músicas foram apresentadas ao público posteriormente, e algumas ficaram só para quem viu os shows
O final dos anos 1960 foi um período de experimentação para o Pink Floyd. Syd Barret, um dos integrantes fundadores, tinha acabado de sair da banda após um longo período de abuso de drogas e instabilidade mental.
Com uma gama de possibilidades no mundo da música, a banda começou a criar diversas canções, projetos e se espalhar em diversas direções ao mesmo tempo. Depois de perceberem a grande gama de material que tinham, precisaram focar em algumas coisas e deixar outras para trás. The Man & The Journey foi um dos projetos que existiu e não existiu ao mesmo tempo.
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Em 1969, o Pink Floyd começou uma turnê nova, composta por duas suítes em cada show: a primeira chamava-se The Man, e a segunda, The Journey; ambas tinham oito faixas. Os shows de The Man & The Journey aconteceram durante boa parte do ano.
O disco nunca chegou a ser gravado, e tudo conhecido sobre as músicas e a turnê é por meio de gravações e áudios dos shows, principalmente da apresentação feita em Amsterdã no dia 17 de setembro de 1969. Transmitido pela VPRO, rádio holandesa, é o único registro com uma qualidade considerável.
Das dezesseis faixas, duas foram interlúdios, duas eram de álbuns anteriores (sob nome diferente) e quatro foram inéditas. As músicas restantes mudaram de nome e de ritmo, foram gravadas em estúdio e espalhados pelos projetos do Pink Floyd; três canções entraram para Ummagumma, disco do mesmo ano, três foram para a trilha sonora de More, composta pela banda, uma entrou em Zabriskie Point, filme de 1970, e uma apareceu em Relics, coletânea de sucessos, embora não tenha sido oficialmente lançada antes.
Conheça, abaixo, as músicas de The Man & The Journey:
"Work"
A música nunca foi lançada oficialmente, mas parte de seu instrumental foi usado em "The Grand Vizier's Garden Party", do disco Ummagumma.
"Tea Time"
São, basicamente, sons feitos durante o café da manhã da banda, gravados por Roger Waters e tocados no palco da turnê.
"The Labyrinths Of Auximines"
Trabalho instrumental pensado inicialmente como ato para "Let There Be More Light", faixa de abertura do disco A Saucerful of Secrets, mas descartada na versão oficial.
"Behold The Temple of Light"
A faixa só apareceu durante a turnê: seus instrumentais não foram aproveitados nem antes e nem depois de The Man & The Journey.
"Daybreak"
Foi para o álbum com o nome de "Grantchester Meadows". A versão do show tem alguns vocais extras e melodias de órgão que não foram gravadas na versão oficial.
"Doing It"
Uma versão diferenciada da última parte de "The Grand Vizier’s Garden Party".
"The Narrow Way"
Foi a única música lançada antes ou depois que conservou o nome. Porém, ao sair no Ummagumma, foi quase inteira modificada, e entrou como terceira parte da faixa.
"Sleep"
Apresentada na trilha como "Quicksilver". Ao vivo era um pouco mais agitada do que na versão de estúdio, mas de resto eram quase idênticas.
"Nightmare"
Depois recebeu o nome de "Cymbaline". No show era lenta e pesada, com guitarras completando o clima; no filme animou um pouco
"The Beggining"
Recebeu o nome de "Green is The Colour". No palco, perdeu a flauta e um pouco da animação da versão posterior.
"The Pink Jungle"
A música é igual "Pow R. Toc H", do The Piper At The Gates of Dawn, disco de 1967. A versão ao vivo é mais enérgica, porém, e com efeitos diferenciados.
"The End of The Beginning"
Originalmente "A Saucerful of Secrets". Somente a última parte da canção, Celestial Voice, foi tocada ao vivo.
"Afternoon"
Foi lançada em Relics, de 1971, sob o nome de "Biding My Time", com a música praticamente inalterada.
"Beset By Creatures of The Deep"
É uma canção mixada e misturada. Se assemelha muito à "Come In Number 51, Your Time is Up", trilha do filme Zabriskie Point. Mas também lembra "Careful With That Axe, Eugene", de Relics.
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