Sobrinho-neto de John F. Kennedy e namorado da cantora brasileira Giulia Be, Conor Kennedy afirmou que esteve em segredo na linha de frente da guerra
“Eu sei que essa história vai ser divulgada, então quero dizer minha parte primeiro para tirar o melhor proveito dela e encorajar outras pessoas a agir.” Foi assim que Conor Kennedy, sobrinho-neto do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, começou seu testemunho sobre o período em que lutou "secretamente" durante a guerra na Ucrânia.
No Brasil, o norte-americano de 28 anos é mais conhecido como o atual namorado da cantora Giulia Be, de 23 anos. Na Ucrânia, entretanto, o homem passou despercebido ao alistar-se na Legião Internacional da Ucrânia — e revelou seus serviços apenas algum tempo depois de retornar.
Conor, então, usou seu perfil no Instagram para narrar as experiências que viveu durante a guerra entre Rússia e Ucrânia. “Como muitas pessoas, fiquei profundamente comovido com o que vi acontecer na Ucrânia no último ano. Eu queria ajudar. Quando ouvi falar da Legião Internacional da Ucrânia, soube que tinha que ir e fui à embaixada para me alistar no dia seguinte”, contou Kennedy.
Chegando lá, eu não tinha experiência militar anterior e não era um grande atirador, mas conseguia carregar coisas pesadas e aprendia rápido. Eu também estava disposto a morrer lá. Então eles logo concordaram em me enviar para a frente nordeste.”
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No relato, Conor afirma que comentou sobre seu alistamento para apenas uma pessoa, e que sequer revelou seu verdadeiro nome para seus companheiros de exército. “Eu não queria que minha família ou amigos se preocupassem, e não queria ser tratado de forma diferente lá”, explicou.
Meu tempo na Ucrânia não foi longo, mas vi muito e senti muito. Gostei de ser soldado, mais do que esperava. É assustador. Mas a vida é simples, e as recompensas por encontrar coragem e fazer o bem são substanciais. Meus amigos lá sabem por que eu tive que voltar para casa. Eu sempre estarei devendo a eles pelo exemplo. Eu sei que tenho sorte de ter voltado, mas também assumiria todos os riscos novamente.”
Afirmando que a guerra entre Rússia e Ucrânia “como todas as outras, é horrível”, Conor Kennedy disse acreditar que o confronto “moldará o destino da democracia neste século”. “As pessoas que encontrei lá foram as mais corajosas que já conheci. Meus companheiros legionários – que vieram de diferentes países, origens, ideologias – são verdadeiros combatentes da liberdade. Assim como os cidadãos, muitos dos quais perderam tudo em sua longa luta contra a oligarquia e por um sistema democrático”, continuou o norte-americano. “Eles sabem que não é uma guerra entre iguais, é uma revolução.”
Há mais a dizer sobre sua política e o papel dos governos ocidentais lá. Por enquanto, vou só pedir que você ajude em sua capacidade pessoal. Junte-se à legião, ajude na fronteira ou envie suprimentos médicos. Todos os dias, alguém ali sacrifica tudo por uma paz duradoura. Não podemos pedir que eles ajam sozinhos.”
Confira a publicação de Conor Kennedy na íntegra:
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