Devido a uma nova lei da Califórnia, médico culpado pela morte de Michael Jackson poderá cumprir mais da metade do tempo estipulado em liberdade
Conrad Murray, o médico julgado culpado pela morte de Michael Jackson, foi sentenciado nesta terça, 28, a quatro anos de prisão pelo juiz Michael Pastor. Ele cumprirá a pena em uma cadeia do condado de Los Angeles, com a possibilidade de cumprir mais da metade de sua sentença em liberdade.
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A liberdade antecipada de Murray deve ocorrer porque uma nova lei da Califórnia, feita para aliviar a lotação das cadeias do estado norte-americanas, passou a ser adotada em outubro. Ela manda internos de baixo risco, como o médico, para cadeias do condado de Los Angeles com oficiais que costumam soltar prisioneiros antes do fim da pena devido à falta de espaço nas celas.
"Há aqueles que sentem que o doutor Murray é um santo, há aqueles que sentem que ele é o diabo", disse o juiz Pastor. "Ele não é nenhum dos dois, é um ser humano. Doutor Murray entrou em um recorrente e contínuo processo de enganos e mentiras. Ele abandonou seu paciente."
Na opinião do promotor David Walgren, que exigiu ao juiz a sentença máxima de quatro anos para Murray, o tratamento médico dele foi um "experimento farmacêutico". "Ele estava brincando de 'roleta russa' com a vida de Michael Jackson, todas as noites", afirmou o promotor.